Um Apocalise no mundo natal de civilizações alienígenas pode ser uma ótima arma para detetar estes seres que continuam no silêncio absoluto. Quem o diz é Caleb Scharf, astrobiólogo da Universidade da Columbia, nos Estados Unidos.
Se o Universo é tão vasto e repleto de mundos para lá do Sistema Solar, porque que é que nunca encontramos nenhum sinal de vida alienígena? Esta é uma questão que há anos inquieta a comunidade científica que não consegue dar resposta ao Paradoxo de Fermi.
Este paradoxo, assim batizado em homenagem ao astrofísico italiano Enrico Fermi, que em 1950 se questionou sobre o paradeiro de todos os seres alienígenas, é utilizado para descrever as enormes discrepâncias entre as estimativas otimistas sobre a probabilidade de existirem civilizações extraterrestres e a falta de evidências da existência das mesmas.
Faltam-nos instrumentos? Compreensão? Estarão os extraterrestres a hibernar? Terão já sido extintos? São inúmeras as teorias para explicar o “silêncio” dos seres alienígenas que, até agora, os cientistas não conseguiram detetar.
Caleb Scharf, líder do Departamento de Astrobiologia na Universidade da Columbia, nos Estados Unidos, apresenta agora uma outra hipótese: é possível que as formas de vida para lá da Terra não tenham ainda sido identificadas pelos cientistas porque as coisas correm relativamente bem nos seus hipotéticos mundos.
Segundo o especialista, se essas mesmas civilizações inteligentes enfrentassem problemas, como um Apocalipse, seriam mais facilmente detetadas, uma vez que eventos extremos obrigá-las-ia a enviar algum tipo de tecnologia ou informação para o Cosmos.
Na prática, explica Scharf num artigo publicado na Scientific American, eventos desta escala poderiam fazer com que as civilizações emitissem sinais mais claros e visíveis da sua existência, facilitando consequentemente a sua deteção.
“É possível que as espécies sensíveis e tecnológicas que enfrentem mudanças e traumas sejam mais propensas a revelar a sua presença para o resto da galáxia”, escreve o astrobiólogo, exemplificando que os sinais mais visíveis poderiam ser tentativas de geo-engenharia no seu mundo natal, a “terra-formação” de um outro planeta ou até mesmo um sinal de socorro, caso estes seres estejam à beira da extinção.
Mas Scharf não descarta que estas civilizações alienígenas – que, por agora, existem apenas do ponto de vista teórico – possam morrem sem “qualquer gemido”.
Ainda no mesmo artigo, o especialista da Universidade da Columbia escreve ainda que, tendo em conta o tamanho do Universo, a procura por vida alienígena tem sido quase nula – um lamento que é transversal a muitos astrobiólogos.
A procura continua.
Ficção científica !
Cuidado com o que desejas e pode acontecer!!!!
Não se encontra vida inteligente ao virar a esquina. Num universo tão vasto, é provável que a civilização extraterrestre mais próxima de nós esteja a uma distância de milhares ou milhões de anos luz. Daí ainda não ter havido nenhum sinal suspeito. Onde é que está o mistério?