Dois em cada três estudantes portugueses frequentam escolas onde os diretores apontam a falta de pessoal não docente como um dos fatores que condiciona a capacidade de ensinar. Chumbos ou Internet lenta também são condicionantes que se refletem nos resultados.
Um novo relatório da OCDE analisa o impacto das políticas e dos recursos disponíveis no desempenho dos alunos nos testes PISA – a maior avaliação internacional na área da Educação
O relatório da OCDE tem com base os resultados do inquérito que acompanharam os testes PISA (Programe for International Students Asssessment), e que se realizam de três em três anos com o objetivo de avaliar a literacia dos alunos aos 15 anos de idade, de 79 países e regiões .
O último estudo ocorreu há dois anos, em 2018, e as primeiras conclusões foram divulgadas no final do ano seguinte, mostrando que os jovens portugueses conseguiram bons resultados na média da OCDE, sobretudo no que diz respeito aos conhecimentos em leitura, matemática e ciências.
Agora, o relatório “Políticas Eficazes, Escolas de Sucesso”, divulgado esta terça-feira, mostra o impacto que as diferentes políticas – como a formação de grupos de alunos por níveis, recursos físicos e humanos investidos, instrumentos de avaliação, e outros – têm, em maior ou menos escala.
Através dos inquéritos aos diretores das escolas, a OCDE conclui que 67,7% dos alunos portugueses estão em escolas cujos responsáveis apontam a falta de funcionários como um dos fatores que afeta a capacidade de ensino. No que respeita à escassez de professores, esta percentagem baixa para 31,8%. Na OCDE, em média, estas proporções são respetivamente de 32,8% e 27,1% – valores bem mais baixos do que Portugal.
No relatório, Portugal aparece como um dos poucos países em que as diferenças na falta de recursos humanos entre escolas públicas de meios mais favorecidas, e as que estão em contextos menos favorecidos, é apresentada como não significativa – diz o Expresso.
O mesmo já não acontece quando a comparação é feita com as escolas privadas, sendo um dos quatro países com uma maior diferença em relação ao ensino privado, uma vez que os alunos que o frequentam são mais beneficiados a nível de recursos, o que posteriormente se reflete nos resultados que obtêm.
Em relação aos jovens que chegam aos 15 anos com pelo menos um chumbo, os dados têm vindo a melhorar, mas continuam a colocar o país entre os que apresentam valores mais altos. Em Portugal, um em cada quatro reprova de ano (26,6%) e só três países da Europa têm números mais altos: Luxemburgo, Bélgica e Espanha.
Os dados mostram que quem chumba tem piores resultados nos testes PISA, e que quem tem mais tendência a reprovar são os alunos em situação económica e social mais frágil.
Portugal é o segundo país da OCDE em que os jovens mais desfavorecidos têm mais probabilidade de ficarem retidos, do que os colegas no extremo oposto do índice socioeconómico.
Em relação à qualidade dos recursos informáticos, questionou-se se a rapidez da Internet era suficiente boa para os alunos conseguirem estudar. Apenas um terço dos estudantes portugueses estão em escolas onde os diretores disseram que sim, contra uma esmagadora média de 67,5% na OCDE.
Outro dos indicadores medido pelo questionário, diz respeito ao número de horas semanais de aulas dedicadas às disciplinas.
Os estudantes portugueses têm mais tempo de aulas de línguas, matemática, e ciências do que a generalidade dos colegas europeus. Por exemplo, passam 4,5 horas da semana a aprender matemática, quando a média da OCDE é de apenas 3,7.
Então não estava tudo uma maravilha antes das escolas abrirem? Charlatões, vigaristas, ladrões é o que são estas gentalha da politica / governo.
A geringonça não funciona? Colhemos o que semeamos tenham isto em mente…
Mas afinal em que ficamos, para quando é que as promessas passam a realidade? Basta de venda da banha da cobra!
Depende de como e para onde se olha:
“Os alunos portugueses foram os únicos da OCDE que têm vindo a melhorar significativamente os seus desempenhos a Leitura, Matemática e Ciências, segundo uma análise que compara o desempenho académico de jovens de 15 anos desde 2010.”
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