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Ameaças de morte a ativistas e deputadas vieram de servidor na Bulgária

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Os e-mails de ódio com ameaças de morte enviados a ativistas e deputadas da luta antifascista no início de agosto foram rastreados até um servidor na Bulgária.

O semanário Expresso relatou este domingo que engenheiros informáticos que fazem parte de grupos antifascistas rastrearam o email com ameaças de morte dirigido a dez personalidades, entre as quais as deputadas Joacine Katar Moreira, Mariana Mortágua e Beatriz Gomes Dias, o dirigente do SOS Racismo Mamadou Ba e ativistas da Frente Unitária Antifascista (FUA).

A mensagem foi assinada pelo movimento Nova Ordem de Avis/Resistência Nacional e chegou através de um servidor de correio eletrónico temporário chamado Guerrilamails.com, em que o utilizador não precisa de se registar e cujos e-mails desaparecem após algumas horas.

O grupo de engenheiros rastreou os e-mails, chegando até uma VPN – rede virtual privada, que permite ao utilizador navegar na Internet de forma anónima – localizada na Bulgária.

Segundo o Expresso, as empresas privadas que gerem estes servidores não dão qualquer tipo de informação. “Não são obrigadas por lei a ceder os dados pretendidos pela polícia e não há qualquer acordo entre os Estados para as obrigar”, explicou uma fonte próxima da investigação ao jornal.

Este sábado, soube-se que as autoridades estão a dar prioridade máxima à investigação, estando o caso a ser analisado como um crime terrorista. Em causa está um e-mail enviado a um grupo de dez pessoas em que é dado um prazo de 24 horas para que as mesmas abandonem “território nacional”.

Entre os visados estão as deputadas Beatriz Gomes Dias, Mariana Mortágua (do Bloco de Esquerda) e Joacine Katar Moreira (deputada não inscrita), Mamadou Ba, dirigente do SOS Racismo, Danilo Moreira, sindicalista, Jonathan Costa e Rita Osório, da frente unitária anti-fascista, Vasco Santos, do Movimento Alternativa Socialista, Melissa Rodrigues, do Núcleo Anti-racista do Porto.

O mesmo e-mail deixa também ameaças aos familiares de cada um dos visados.

As autoridades admitem uma eventual ligação entre as ameaças e a concentração neonazi que aconteceu dias antes do e-mail ter sido enviado em frente à sede do SOS Racismo, em Lisboa.

ZAP //

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