Kim Jong-un tem repetido várias vezes que a Coreia do norte “travou o vírus maligno”, mas o reforço das medidas de combate à covid-19 e a canalização urgente de material médico e alimentos para Kaesong parecem sugerir o contrário.
Esta quinta-feira, o Comité Central do Partido Comunista aprovou o “fornecimento extraordinário de comida e fundos” à cidade fronteiriça de Kaesong, em quarentena há duas semanas.
Segundo o Público, Kaesong está em quarentena total desde o dia 24 de julho, depois de ter sido identificado o que se julga ser primeiro caso suspeito de infeção pelo coronavírus, levando o regime a anunciar a entrada em vigor de um “sistema de emergência máximo”.
A Coreia do Norte não permite, já há várias décadas, qualquer escrutínio estrangeiro sobre o que se passa dentro das suas fronteiras, o que dificulta a execução de estimativas sobre o potencial número de casos positivos no país. No entanto, a grande maioria dos analistas internacionais duvida deste número.
“Mesmo que a Coreia do Norte se feche, deve haver casos suspeitos e as autoridades têm de os diagnosticar de forma agressiva. Mas o regime nunca foi transparente sobre se tem sequer capacidade para o fazer”, disse à Associated Press o analista Hong Min, do Instituto para a Unificação Nacional, em Seul.
A verdade é que se teme uma catástrofe. O país tem níveis de pobreza e de subnutrição muito elevados em várias regiões, há uma escassez muito acentuada de medicamentos e de bens de primeira necessidade e enormes falhas sanitárias. Um surto do novo coronavírus de grandes dimensões pode mesmo propiciar uma catástrofe humanitária.
A Coreia do Norte fechou as fronteiras em dezembro e, sete meses depois, “a situação económica e sanitária parece estar a atingir níveis perigosamente baixos“, escreveu a investigadora Gabriela Bernal, da Universidade de Estudos da Coreia do Norte, na revista Diplomat.
De acordo com o diário, a divulgação da decisão tomada pelo Comité Central do partido único em relação a Kaesong pode ser consequência de uma nova abordagem de Kim Jong-un na gestão da informação sobre a pandemia, depois de meses de segredos, admitiu Yang Moo-jin, professor na mesma instituição de Bernal.
O Público escreve ainda que, a ser verdade, esta poderá ser uma confirmação de que a situação epidemiológica na Coreia do Norte é mais grave do que aquilo que o regime tem noticiado e que o país necessitará de ajuda num futuro próximo.
Coronavírus / Covid-19
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O primeiro combate deve ser à base da bala, o segundo do encobrimento! Quem vai acreditar num regime fechado ao mundo?
Mentira.
O vírus AINDA continua e gordo que nem cevado; vejam lá a carinha dele.