Uma equipa de arqueólogos encontrou, na Hungria, uma estátua de Vénus de Egerszeg, um artefacto que vai ajudar os especialistas a entender a cultura neolítica europeia.
Uma equipa de arqueólogos do Göcsej Museum encontrou recentemente uma estátua incompleta cm características femininas em Zalaegerszeg, no oeste da Hungria. A figura foi apelidada de Vénus de Egerszeg, pela semelhança com a grega Vénus de Milo.
A descoberta foi feita durante a construção de uma pista automotiva na cidade húngara. O artefacto vai ajudar os especialistas a compreender uma parte muito importante da cultura neolítica europeia: “a estátua preserva a marca do espírito das pessoas que viveram há milhares de anos.”
A estátua representa uma figura feminina, “com seios delicadamente modelados, braços amputados e ombros horizontalmente alinhados”. A cabeça da figura foi encontrada ao lado do torso, quebrada, o que leva a crer que a estátua era uma representação completa de um corpo humano feminino.
Os arqueólogos sugerem que a estátua foi propositadamente quebrada em pedaços. Aliás, ídolos femininos semelhantes também foram encontrados partidos em pedaços na região,
Segundo o Hungary Today, a “destruição do ídolo pode estar relacionada com a natureza e a fertilidade das terras agrícolas”. De acordo com o diário húngaro, poder ter sido um esforço para destruir o poder atribuído ao ídolo ou para estabelecer um relacionamento mais próximo com as divindades.
Além da figura de argila, a equipa também encontrou alguns fragmentos de cerâmicas pintados de amarelo, vermelho e branco, além de ferramentas de pedra, com cerca de 6 mil anos. Os cientistas acreditam que eram utilizados em rituais e atividades culturais.