Ministério da Educação quer continuar com a telescola (e a RTP está disponível)

O Ministério da Educação está a preparar três cenários para o próximo ano letivo. Dois deles incluem a transmissão de conteúdos educativos através da telescola. Por seu lado, a RTP diz estar “absolutamente disponível” para fazer o “#EstudoEmCasa” regressar em setembro.

Apesar de o cenário regra ser o ensino presencial, o ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, já tinha admitido que o objetivo do ministério é “poder continuar a ter soluções através da televisão que sejam universais, disponíveis logo a partir do início do ano”. Assim, é quase certo que a RTP vai ser chamada de novo para ceder o seu ecrã para a telescola.

Em declarações ao jornal Público, a estação pública disse que , pelo seu posicionamento e missão de serviço público, mantém “toda a disponibilidade” para continuar a produzir e a emitir conteúdos educativos através da RTP Memória como fez entre meados de abril e o fim do mês de junho. Esta disponibilidade já tinha sido dada em abril.

Pela parte do Governo, o recurso à televisão está em cima da mesa, uma vez que os cenários para o arranque do ano lectivo continuam a ser desenvolvidas. A preferência vai para o regime presencial de todos os alunos, mas continuam em preparação um cenário misto – com parte das aulas na escola e outra parte à distância – e um regime não presencial, que passaria por voltar a ter aulas pela televisão.

Porém, ainda não há nada de concreto decidido nem está ainda definida uma data-limite para tomar essa decisão.

A telescola foi uma iniciativa do Governo depois de decidir que os alunos do 1.º ao 9.º ano não regressarão às escolas até ao fim do ano letivo, de forma a evitar a propagação do coronavírus. Os conteúdos didáticos são um complemento às aulas à distância.

A RTP Memória alcançou resultados históricos de audiências, ultrapassando a CMTV e o “Programa da Cristina”, da SIC, que tem sido líder de audiências nos últimos meses.

No dia de estreia da telescola, a RTP Memória foi o quarto canal mais visto de toda a televisão portuguesa, tendo obtido uma audiência média quatro vezes superior ao habitual e com um share de 4,2%.