O duelo da 31ª jornada da Liga NOS, que colocou frente-a-frente, nesta quinta-feira, Famalicão e Benfica, terminou com um empate a um golo.
Os visitantes inauguraram o marcador na etapa inicial por intermédio de Pizzi e, à beira do final, Guga saltou do banco e decretou o resultado final.
Com mais este percalço, as “águias” deixaram o rival FC Porto – que venceu o Tondela por 3-1 – à beira do título, com mais oito pontos –, nove se adicionarmos o confronto directo. Por seu turno, o “Fama” está a um ponto do Rio Ave, que ocupa o quinto posto, de acesso à Liga Europa.
O jogo explicado em números
- Da equipa que venceu o Tondela (1-0), realce para cinco mexidas feitas por João Pedro Sousa. Vaná, Ivo Pinto, Nehuén Pérez, Diogo Gonçalves e Toni Martínez saíram do “onze” e entraram Defendi, Roderick Miranda, Patrick William, Rúben Lameiras e Del Campo. Por sua vez, Nélson Veríssimo não mexeu na equipa que iniciou o embate ante o Boavista (3-1) na última jornada.
- Logo ao minuto 4, Cervi testou os reflexos de Defendi, que negou o golo do Benfica naquele que foi o primeiro remate do encontro. Agressiva na pressão e em constantes trocas posicionais, as “águias” foram controlando os instantes iniciais do duelo, com quatro remates e 77% da posse de bola, face às zero tentativas dos anfitriões, que tinham 23% no capítulo da posse do esférico.
- Apenas depois dos dez minutos o Famalicão deu sinais de vida no ataque, aproveitando um erro de cálculo de Nuno Tavares que quase traiu Vlachodimos, primeiro, e posteriormente num cabeceamento fraco de Ruben Del Campo. Aos 18 minutos, Pedro Gonçalves tirou três adversários do caminho, rematou em arco à entrada da área e apenas o voo do guarda-redes dos “encarnados” impediu o golo do médio do “Fama”. Neste período, sinal mais para os donos da casa.
- Perto da meia-hora, Roderick foi lesto e tirou o golo a Seferovic. Ataque e resposta. Os lisboetas tinham mais paciência na construção de lances de ataque, ao passo que o Famalicão respondia em lances mais vertiginosos, explorando a profundidade da defensiva contrária.
- No nono remate dos forasteiros – terceiro enquadrado -, Pizzi fugiu à marcação de Fábio Martins, atirou e as pontas dos dedos de Defendi foram fundamentais e negaram o “tento” inaugural.
- Dois minutos volvidos, porém, chegou o golo do Benfica. Cervi centrou, Seferovic rematou, Defendi fez jus ao apelido, mas na recarga, Pizzi, ao segundo poste, encostou de feição para o 1-0. Foi o 17º tiro certeiro do médio na prova e o 29º em todas as competições esta temporada.
- Ao descanso, a vantagem no marcador pertencia aos (ainda) campeões nacionais.
- Num duelo interessante e bem jogado por ambos os conjuntos, Pizzi foi o autor do remate que fazia a diferença e dava expressão ao maior domínio do emblema lisboeta, que teve mais remates – dez contra quatro -, mais cantos – cinco para quatro -, e mais posse de bola (56% contra 44%).
- O elemento em destaque ao cabo dos primeiros 46 minutos era Pizzi, com um GoalPoint Rating de 7.4, graças aos três remates que fez – todos eles enquadrados e um redundou em golo -, apenas um passe falhado em dez tentativas (90% de eficácia) num total de 21 acções com a bola.
- No recomeço, o “Fama” surgiu mais afoito e tentou assumir mais as rédeas da partida, mas sem conseguir criar lances de perigo. Do outro lado, Pizzi ficou a centímetros de bisar e ampliar a vantagem aos 59 minutos, depois de Defendi não ter conseguido agarrar de pronto uma bomba lançada fora da área por Chiquinho.
- Numa das primeiras acções que teve no encontro, à passagem do minuto 66, Ivo Pinto foi corajoso e, com um corte assertivo, negou a festa a Cervi. No total, a equipa anfitriã contabilizava cinco remates e o Benfica chegava aos 15.
- Num contra-ataque quase letal aos 71 minutos, Fábio Martins aguentou a pressão de Nuno Tavares e, quase sem ângulo, atirou e viu a bola embater com estrondo nos ferros da baliza de Vlachodimos. Instantes depois: primeiro Nuno Tavares, na conversão de um livre directo, rematou e Defendi respondeu e na sequência de um canto; Carlos Vinícius, em boa posição, não conseguiu ser veloz e perdeu uma boa ocasião de visar a baliza contrária. O duelo continuava vibrante e repleto de excelentes jogadas de parte a parte.
- Aproveitando um passe mal medido por André Almeida, Walterson galgou alguns metros e, com um remate colocado, ficou a poucos centímetros do empate, naquele que foi um sério aviso dos anfitriões, que ganharam um novo fôlego com o passar dos minutos, asfixiando o meio-campo contrário, que já estava sem gás.
- Um minuto depois, aos 84, Guga, recém-entrado em cena e que fez a formação no Seixal, deu a melhor sequência a um centro atrasado de Fábio Martins e escreveu o tento do empate.
- No último suspiro, mandou mais o coração do que a razão. As duas equipas ainda foram em busca do golo, mas não houve mais lances de perigo e pouco depois Jorge Sousa apitou pela última vez.
O melhor em campo GoalPoint
Pizzi realizou uma exibição bastante positiva e foi o MVP da partida. O camisola 21 foi o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 8.7 e os seguintes números: um golo – 1,4 Expected Goals (xG) -, quatro remates, três dos quais enquadrados, quatro passes para finalização, três passes longos certos, oito recuperações de posse, dois desarmes e 52 acções com a bola.
Jogadores em foco
- Rafael Defendi 8.1 – Apenas por uma vez foi batido, de resto esteve imaculado e tudo defendeu. Foram oito intervenções, cinco em remates dentro da área, e quatro alívios. Seguro, conseguiu ajudar a equipa sempre que ela mais necessitou.
- Gabriel 7.1 – Mais solto, deu sequência à boa exibição da última jornada ante o Boavista. Gizou 11 passes progressivos certos, falhou apenas um dos nove passes longos, realizou cinco recuperações de posse, quatro desarmes, duas intercepções e, enquanto teve “caixa”, conseguiu segurar as investidas adversárias.
- Jardel 7.0 – Bem nas tarefas defensivas, destacou-se, ainda, nas tarefas atacantes e nas alturas – quatro duelos ganhos em cinco -, somando dois remates, 14 passes progressivos correctos e três dribles eficazes em outras tantas tentativas.
- Franco Cervi 7.0 – Quase sempre ligado à corrente, desta feita conseguiu aliar à vontade que quase sempre demonstra a boas decisões. Tem na ficha pessoal quatro remates, dois passes para finalização, cinco cruzamentos, 81% de passes certos, 100% de eficácia nos três dribles tentados e apenas perdeu um dos cinco duelos em que interveio.
- Guga 6.3 – Bastaram apenas 12 minutos em campo para ser decisivo. Dos dois remates enquadrados que fez, apontou o golo do empate e foi ainda a tempo de ter dez acções com a bola.
- Fábio Martins 6.2 – Fez a assistência para o remate certeiro de Guga, fez dois remates, um ao ferro, e teve o condão de dar a cara nas fases em que a equipa mais precisou de ajuda.
Resumo
// GoalPoint
É esta a equipa que queria ganhar o campeonato?uma vergonha.O Jesus se vier para este ”Pântano” vai cometer o maior erro da vida dele.