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“Só se for pelo cansaço de alguns.” PCP contra o fim das reuniões do Infarmed

António Cotrim / Lusa

Um eventual “cansaço” é a única justificação que Jerónimo de Sousa encontra para o fim das reuniões entre governantes, líderes políticos e especialistas com técnicos e especialistas no Infarmed.

Jerónimo de Sousa defendeu, esta quinta-feira, que as reuniões regulares com epidemiologistas sobre a pandemia de covid-19 deveriam continuar, admitiu que ninguém o informou que iam acabar, o que revela “alguma deselegância”.

Pode ser precipitado acabar com estes encontros”, afirmou aos jornalistas, depois de uma reunião com o Conselho Nacional da Juventude (CNJ), na sede do partido, em Lisboa, um dia depois de o Presidente da República ter anunciado o fim destes encontros regulares entre políticos e epidemiologistas, na sede do Infarmed.

Ao longo das reuniões sobre a situação do surto em Portugal, afirmou, “os cientistas deram contribuições importantes para caracterizar, encontrar caminhos que garantissem, no plano sanitário, a travagem do vírus”, dado que também se discutiram questões concretas, como a situação nos transportes ou nos lares.

O secretário-geral do PCP não vê uma “razão objetiva” para esta decisão, a não ser “por cansaço de alguns”, disse.

Dado que deixou de existir essa informação regular, Jerónimo foi questionado sobre se esta ser enviada para o parlamento, como propôs o Bloco de Esquerda, mas a resposta não foi direta.

“É mais interessante ouvir de viva voz os nossos cientistas e técnicos, que procuram dar uma contribuição com base no seu conhecimento e preocupação”, acrescentou.

ZAP // Lusa

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