O uso de máscara passa a ser obrigatório a partir de quinta-feira na região espanhola da Catalunha em todo o momento e em todos os espaços, interiores e exteriores, mesmo que haja distância social, para evitar novos surtos de covid-19.
O anúncio foi feito esta quarta-feira pelo presidente desta comunidade autónoma, Quim Torra, numa altura em que as autoridades sanitárias regionais e nacionais estão preocupadas com vários surtos da pandemia.
De acordo com a SIC Notícias, os cidadãos poderão retirar a máscara para realizar atividades que sejam incompatíveis com a proteção mas essas exceções estão ainda por clarificar. Está prevista uma multa de 100 euros para quem não cumprir as regras.
A conselheira regional da Saúde da Catalunha, Alba Vergés, tinha feito esta proposta na terça-feira, para combater a redução do uso de máscaras de uma parte da população e evitar a propagação da covid-19.
As comunidades autónomas espanholas são competentes em matéria de saúde, o que inclui as medidas de luta contra os surtos de covid-19, e a utilização de máscara não era obrigatória até agora, se fosse respeitada uma distância social de segurança.
O Ministro da Saúde espanhol, Salvador Illa, já tinha apoiado esta medida em declarações esta manhã feitas à Catalunha Rádio. “A máscara já é obrigatória, se não houver uma distância suficiente”. Mas não me parece mal que a Generalitat [Governo regional catalão] reforce esta medida”, disse Salvador Illa.
O surto de covid-19 em Segrià (Catalunha), com 200.000 pessoas confinadas e mais de 500 infeções, é o que mais preocupa o ministro da Saúde, assim como o de A Mariña (Galiza), com cerca de 70.000.
“Desde 11 de maio houve 118 surtos no nosso país, dos quais, neste momento, há 67 ativos”, disse Salvador Illa, ao mesmo tempo que pediu cautela aos cidadãos.
Nos últimos sete dias, a região da Catalunha foi a que teve mais casos de covid-19 diagnosticados (1.237), mais de metade dos detetados em todo o país (2.417).
A pandemia de covid-19 já provocou mais de 539 mil mortos e infetou mais de 11,69 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP. Os Estados Unidos são o país com mais mortos (131.362) e mais casos de infeção confirmados (quase 3 milhões).
Seguem-se Brasil (66.741 mortes, quase 1,67 milhões de casos), Reino Unido (44.391 mortos, mais de 286 mil casos), Itália (34.899 mortos e quase 242 mil casos), México (32.014 mortos, mais de 268 mil casos), França (29.936 mortos, mais de 206 mil casos) e Espanha (28.392 mortos, mais de 252 mil casos).
ZAP // Lusa
Pois, começa tudo a andar de marcha atrás, o Outono e Inverno estão aí à porta, como vai ser com tantas pessoas normalmente infectadas com gripe, distinguir umas das outras, e lugar nos hospitais onde normalmente costumam estar à pinha com utentes até nos corredores, virá aí uma vaga de mortes incalculável!