Luís Marques Mendes elogiou neste domingo as críticas que o presidente da Câmara Municipal de Lisboa, Fernando Medina, fez ao combate à pandemia, considerando ainda que a resolução da TAP, que culminou na saída de David Neeleman e num reforço do poder do Estado, pode ser um crematório político.
“Acho a polémica exagerada, as críticas [que lhe fizeram] não fazem sentido”, começou por dizer Marques Mendes sobre Medina no seu habitual espaço de comentário na SIC.
“É natural que um político tenha a sua agenda (…) [Fernando Medina] tem o direito e até o dever de fazer críticas públicas”, continuou o conselheiro de Estado, dizendo ainda que o presidente da autarquia de Lisboa “tem razão no que disse”.
“Teve a coragem de dizer em público o que muitos dizem em voz baixa. Não sei se falou previamente com António Costa, mas fez isto para dar um safanão na situação”.
No entender do comentador político, “a política até se prestigia” quando um responsável político critica atores da mesma esfera. “É um bom serviço que [o autarca da câmara de Lisboa] presta, precisamos de vozes independentes”, sustentou, citado pelo Expresso.
Marques Mendes referia-se às acusações de Fernando Medina às autoridades de saúde responsáveis pelo combate à pandemia de covid-19.
“Com maus chefes e pouco exército não é possível ganhar esta guerra (…) ” [Esta] é uma nota direta a todos os responsáveis relativamente a esta matéria, que é preciso agir rápido. Ou há capacidade de conter isto rápido ou então têm de ser colocadas as pessoas certas nos sítios certos”, disse a semana passada Fernando Medina.
Depois, o autarca de Lisboa veio esclarecer que os seus comentários não se dirigiam à ministra da Saúde, Marta Temido, mas antes às chefias regionais.
TAP pode ser “grande crematório político”
No mesmo espaço, Marques Mendes analisou a situação da TAP, um dos temas quentes da semana que acabou com a saída do empresário norte-americano David Neeleman e com o reforço da posição do Estado, que passa agora a deter 72 % da empresa.
No entender de Marques Mendes, a solução encontrada para a TAP, isto é, o acordo entre os acionistas privados e o Estado que evitou a nacionalização da companhia aérea, foi a “menos má” entre todas as que estavam em cima da mesa.
Ainda assim, esta não foi “uma solução boa”, até porque não havia nenhuma boa solução para a companhia aérea portuguesa. Apesar de não se tratar de uma nacionalização, que e traria “danos reputacionais, judiciais e perda de poupanças dos trabalhadores acionistas”, um acordo, ainda que “caro” para o Estado português, impede a “falência da TAP, o que seria uma calamidade para a economia e o emprego”.
Quanto à atuação política neste dossiê, Marques Mendes considerou que o primeiro-ministro, António Costa, “esteve bem”, rasgando elogios ao ministro das das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos.
“[O ministro] sai bem porque conseguiu dois objetivos: queria reforçar o papel do Estado e ‘correr’ com o acionista David Neeleman”, disse, considerando que o governante foi até “injustiçado” neste processo”: “Não inventou problemas na TAP”.
Marques Mendes disse ainda temer que o futuro da TAP, que passa pela reestruturação da companhia, possa passar por “cortes e despedimentos“, situação que podia tornar esta pasta num “grande crematório político“, considerou, citado pelo jornal Observador.
Por fim, e tendo em conta a injeção de capital que será necessária na nova vida da TAP, Marques Mendes pediu uma auditoria financeira independente à empresa. “Os portugueses vão meter muito dinheiro na TAP. Têm ao menos o direito de saber tudo o que lá se passa” e passou desde o processo de privatização de 2015.
“É natural que um político tenha a sua agenda”
Heheheee… e é natural que o político fracassado e meio-metro de advogado mafioso tenha a sua agenda, portanto, tal como o Medina, nunca devia fazer de conta que é comentador!!