Depois de 16 semanas de pausa forçada devido à pandemia de covid-19, o Museu do Louvre, em França, prepara-se para abrir portas no dia 6 de julho com algumas mudanças na organização do espaço.
O presidente do museu, Jean-Luc Martinez, revelou, em entrevista ao jornal norte-americano New York Times, que foram implementadas algumas mudanças nas salas do Louvre, onde agora será possível ver o quadro de Mona Lisa mais de perto.
Ao jornal, Martinez reconheceu que a grande maioria dos visitantes do Louvre são estrangeiros, dos quais 1,5 milhões são americanos e até 900.000 são chineses. Tendo em conta estes valores, o responsável acredita que o museu possa sofrer uma redução de até 80% nas suas multidões no pós-desconfinamento.
Antes da reabertura, a configuração das galerias do museu foi alterar, de forma a evitar a sobrelotação em torno de obras particularmente importantes, como é o caso da Mona Lisa, pintada em meados de 1500 pelo artista renascentista italiano Leonardo Da Vinci.
À volta desta obra, é habitual ver grandes aglomerados de pessoas que procuram observar a obra e tirar fotografias, tal como recorda o portal Hype Beast.
Na nova configuração, os visitantes esperam em filas para ficar em frente ao quadro de Mona Lisa a uma distância de três metros. Martinez prevê que o tempo médio de espera para ver a pintura ronde entre os 10 a 15 minutos.
“Queremos tornar o encontro com Mona Lisa um momento especial (…) [O novo layout] permitirá que os visitantes do museu se aproximem mais da pintura”, disse.
Na mesma entrevista, o responsável do Museu do Louvre comentou ainda a validação e remoção de estátuas e esculturas que está a acontecer um pouco por todo o mundo à boleia de protestos contra o racismo. Sobre o assunto, Martinez disse que os museus têm “um papel a desempenhar” nestas situações: “são o lugar onde as memórias devem ser partilhadas (…) caso contrário, as memórias colidem”.
O Louvre, o museu mais visitado do mundo, é a casa do quadro de Mona Lisa desde 1797.