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Não é 100% seguro ficar alojado num hotel (mas há formas de reduzir o risco)

Antes do aparecimento do novo coronavírus, poucas pessoas pensariam duas vezes antes de ficarem alojadas num quarto de hotel. Agora, essa parece ser uma preocupação incontornável.

Num artigo assinado no The Conversation, Elizabeth Marder, da Universidade da Califórnia, e Paloma Beamer, da Universidade do Arizona, consideram que viajar, hoje em dia, traz um risco acrescido, ainda que haja maneiras de minimizar esse risco.

Independentemente do tipo de estadia, a principal preocupação é o contacto próximo com uma pessoa infetada. Neste aspeto, há que ter em conta que uma pessoa infetada com covid-19 pode espalhar o vírus mesmo antes de desenvolver sintomas.

Ainda que o contacto com superfícies contaminadas seja menos preocupante, é algo que as investigadoras aconselham a considerar. Nesse sentido, a tocar o menos possível em superfícies (mesas, cadeiras, lavatórios, etc) que não foram limpos ou desinfetadas é o caminho.

O padrão e a extensão da covid-19 podem variar entre as comunidades, mesmo na mesma região, pelo que é muito útil verificar tanto as leis como as diretrizes de saúde pública antes de viajar.

Em relação à estadia, não há forma de a tornar 100% segura. Ainda assim, Marder e Beamer aconselham a fazer algumas perguntas ao estabelecimento sobre as medidas que estão a tomar para reduzir o risco de transmissão do vírus.

Neste ponto, as cientistas em exposição aconselham a questionar sobre a qualidade do ar (janelas, ar condicionado, purificador de ar, etc), opções sem contacto (como teclas digitais), políticas sobre máscaras e exames a funcionários e medidas de distanciamento social.

Já no que diz respeito à estadia, as investigadoras aconselham o uso de máscara, distanciamento social em áreas comuns, diminuir o tempo em espaços fechados e com menos ventilação e evitar o contacto com superfícies partilhadas (maçanetas, botões do elevador, mesas e cadeiras, etc).

Lavar as mãos e usar desinfetante estão também entre as recomendações. Para diminuir o risco na hora da refeição, as autoras do artigo aconselham ainda o serviço de quarto ou a entrega sem contacto, além de uma refeição ao ar livre.

Quanto ao serviço de limpeza, Elizabeth Marder e Paloma Beamer aconselham a desativá-lo: “solicite que as almofadas decorativas e as capas de edredom sejam removidas antes da sua chegada” e “desinfete as superfícies seguindo todas as orientações do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC)”.

ZAP //

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