Chovem mísseis no Médio Oriente. Televisão bombardeada em direto, milhares fogem de Teerão

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Abir Sultan / EPA

Destruição após ataque em Israel

No quarto dia consecutivo de conflito depois de Israel atacar o Irão, continuam a chover mísseis no Médio Oriente, sem travão à vista.

O exército israelita realizou esta segunda feira um novo ataque aéreo no oeste de Teerão, contra alegados alvos militares iranianos, após ter emitido um aviso aos civis de retirada das zonas visadas.

As defesas antiaéreas iranianas foram ativadas no seguimento de ataques a oeste da capital iraniana, especificamente nas zonas montanhosas de Bagheri e Chitgar, segundo a agência de notícias estatal ISNA.

O porta-voz do Exército israelita em língua persa, Kamal Penhasi, tinha publicado pouco antes um alerta nas redes sociais para os residentes do terceiro distrito de Teerão, instando-os a abandonar a zona de imediato por razões de segurança.

“Nas próximas horas, o Exército israelita vai operar nesta área para atacar a infraestrutura militar do regime iraniano, como tem feito nos últimos dias em Teerão”, afirmou na rede X.

Esta é a primeira ordem de retirada emitida para civis no Irão, numa repetição de uma estratégia já usada na Faixa de Gaza e no Líbano.

Um estúdio da televisão estatal iraniana, que transmitia em direto, foi alvo de um ataque registado em vídeo. As filmagens mostram a jornalista Sahar Imami a fugir aos ataques.

O ministro da Defesa israelita, Israel Katz, afirmou hoje que a emissora estatal iraniana, a IRIB, estava “à beira do desaparecimento” depois de o Exército ter emitido um alerta de evacuação para a zona em redor da sua sede, no nordeste de Teerão.

“O porta-voz da propaganda e incitação iraniana está à beira do desaparecimento. A retirada dos residentes próximos já começou“, declarou Katz em comunicado.

O governo português anunciou entretanto entretanto ter conseguido retirar 5 portugueses do Irão, e assegurou estar a tratar, segundo avança o Expresso, de 130 pedidos de repatriamento de portugueses em Israel.

As Forças de Defesa de Israel afirmaram hoje que dois outros altos oficiais militares iranianos foram mortos no domingo em consequência dos bombardeamentos contra a sede dos serviços de informação da Guarda Revolucionária em Teerão.

Até esta segunda feira, milhares de pessoas já fugiram da capital iraniana, segundo a Reuters.

UE e Trump condenam Irão

O Presidente dos EUA, Donald Trump, disse hoje que o Irão está disposto a negociar e que pediu a Teerão para se sentar à mesa de negociações “antes que seja tarde demais”.

“Eles querem negociar, mas deviam tê-lo dito antes. Eu acho que o Irão não está a ganhar esta guerra e que deve negociar imediatamente, antes que seja tarde demais”, defendeu Trump.

O presidente dos EUA lembrou que sempre apoiou Israel. “Há muito que os apoiamos fortemente. E Israel está a sair-se muito bem agora”.

Com menos veemência, uma outra voz apelou ao “direito de defesa” israelita neste cenário — a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen.

Von der Leyen disse que concordou com Netanyahu numa chamada telefónica que “o Irão não deve ter uma arma nuclear, sem qualquer dúvida”.

“Claro que penso que uma solução negociada é, a longo prazo, a melhor solução”, afirmou. “Neste contexto, Israel tem o direito de se defender. O Irão é a principal fonte de instabilidade regional”.

Carolina Bastos Pereira, ZAP // Lusa

1 Comment

  1. A senhora que dava no ar estava muito agitada a ler a propagada contra Israel… e depois começou se ouvir Alah snackBar.
    Parece que os Proxys do Irão vão voltar aos anos 90 em que tinham uma espingarda com 80 anos e voltar a reinar a paz na Zona. Uma curiosidade uma mulher árabe, da Jordânia, Egipto… se casar com um homem de Gaza os filhos dela ficam impossibilitados de dupla nacionalidade já se uma israelita casar com um de Gaza os filhos tem dupla nacionalidade…. Faz pensar um pouco

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