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Situação de Grande Lisboa “não justifica” cerca sanitária, garante Marta Temido

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António Pedro Santos / Lusa

A ministra da Saúde, Marta Temido

A ministra da Saúde, Marta Temido, garantiu esta terça-feira que não existem na Área Metropolitana de Lisboa (AML) situações epidemiológicas de covid-19 que justifiquem a adoção de medidas como cercas sanitárias.

“Naturalmente que, se houver alguma evolução da situação, que neste momento não está patente nos números de que dispomos, que exija uma medida dessa tipologia, isso poderá ser considerado”, ressalvou a governante.

“Mas, neste momento, não temos situações epidemiológicas que possam justificar uma situação desse tipo”, reforçou Marta Temido, numa declaração transmitida pela RTP, antes de uma reunião com o presidente da Câmara de Lisboa, Fernando Medina (PS).

A ministra da Educação falava depois de o presidente da Câmara da Azambuja ter revelado que 40 pessoas do bairro social da Quinta da Mina testaram positivo à covid-19 e ter admitido a possibilidade de pedir um cordão sanitário.

Estamos a falar de nove famílias de etnia cigana. Já enviei a listagem para as autoridades de saúde e esperamos agora para saber o que podemos fazer. Não excluo a necessidade de existir uma vigilância ativa destas pessoas, uma espécie de cordão”, disse Luís de Sousa (PS) em declarações à agência Lusa.

Sobre a situação epidemiológica na Azambuja, a ministra da Saúde notou que o concelho “teve um conjunto de casos relacionados com pessoas que vão trabalhar à Azambuja” e não com residentes. Os dados de sábado apontavam para 89 pessoas em isolamento na Azambuja, das quais 61 em vigilância sobreativa e 28 em vigilância ativa, indicou esta segunda-feira à Lusa o delegado regional de saúde de Lisboa e Vale do Tejo, Mário Durval.

Mário Durval considerou que a implementação de um cordão sanitário neste concelho  “não faz qualquer sentido”, notando que basta o isolamento das 40 pessoas infetadas.

Azambuja incluída nos testes da Grande Lisboa

O município de Azambuja, que integra a Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo, foi incluído na Área Metropolitana de Lisboa para efeitos de realização de testes de covid-19 nas empresas de trabalho precário e no setor da construção civil”, avançou à Lusa fonte do gabinete do secretário de Estado dos Assuntos Parlamentares, Duarte Cordeiro, que está a coordenar a situação da pandemia da covid-19 na região de Lisboa e Vale do Tejo.

A terceira fase do plano de desconfinamento devido à pandemia de covid-19 arrancou esta segunda-feira, com o fim do “dever cívico de recolhimento” e a reabertura de centros comerciais, salas de espetáculos, cinemas, ginásios, piscinas e Lojas do Cidadão.

Na AML, devido ao aumento do número de infetados, foi adiado o levantamento de algumas restrições e foram impostas regras especiais, sobretudo relacionadas com atividades que envolvem “grandes aglomerações de pessoas”.

Nos últimos dias, a região da Grande Lisboa tem registado cerca de 90% dos novos casos.

Portugal contabiliza pelo menos 1.424 mortos associados à covid-19 em 32.700 casos confirmados de infeção, segundo o último boletim diário da Direção-Geral da Saúde (DGS).

Relativamente ao dia anterior, há mais 14 mortos (+1%) e mais 200 casos de infeção (+0,6%). O número de pessoas hospitalizadas desceu de 474 para 471, das quais 64 se encontram em unidades de cuidados intensivos.

O número de doentes recuperados é de 19.552.

ZAP // Lusa

3 Comments

  1. Vai dar banho ao cão, então porque foi necessário em Ovar, com uma situação mais fácil de controlar, e com uma população justificadamente mais responsável.

    • De que estão á espera para criarem um cerco sanitário em Lisboa e VT??? estão á espera que as pessoas aí residentes e que são naturais da província se desloquem para lá e infectem o país de norte a sul??? é isso???
      Porque não criam um cerco sanitário á Azambuja?? Alguém do Governo disse que não se justifica, mas sabem mesmo porque o Governo e a DGS não criam na AZAMBUJA, o cerco sanitário?
      Pura e simplesmente porque o nem o Governo nem a DGS mandam nada, nadaaaaa, quem manda são A SONAE, A JERÓNIMO MARTINS, O GRUPO AUCHAN, A PEPSICO (Matutano), entre outras…
      Todas essas grandes empresas têm as suas bases logística na Azambuja e Carrregado, e se criarem o tal cerco sanitário, todas as lojas Continente, Pingo Doce, Recheio e outras afiliadas que se encontrem na zona centro e sul, ficam sem nada nas prateleiras para vender, resultado, os clientes iriam fazer compras ao intermarche e LIDL (ambos têm as suas bases logísticas em TORRES NOVAS, o que significa que SONAE E JERÓNIMO MARTINS perderiam imenso dinheiro, e isso é que é 1 verdadeiro problema, não é a saúde publica, essa passa para 2º plano, se morrerem + 3 ou 4 mil pessoas, ñ é importante, importante sim, é os tubarões deste país continuarem a facturar.
      Além disso, já todos ouvimos membros do Governo dizerem que esta pandemia está a custar 1a fortuna ao Estado, nomeadamente á Segurança Social, mas alguém ja ouviu algum membro do Governo dizer quanto é que a Segurança Social ira poupar no futuro em pensões e reformas que deixarão de ser pagas porque os beneficiários faleceram vítimas da COVID19??? que na sua maioria eram pessoas de idade avançada.
      Claro que não falam nisso, esses números não interessam, interessa sim é ir mentalizando o povo que vem aí uma fatura pesada para pagar…
      Provavelmente, só a SONAE na Azambuja teve + casos de infecção por COVID19 do que o concelho de OVAR todo, no entanto, esse concelho foi isolado do resto do país, e algum disse que não se justifica fazer o mesmo na Azambuja e grande Lisboa?, ESTRANHO NÃO?

  2. De que estão á espera para criarem um cerco sanitário em Lisboa e VT??? estão á espera que as pessoas aí residentes e que são naturais da província se desloquem para lá e infectem o país de norte a sul??? é isso???
    Porque não criam um cerco sanitário á Azambuja?? Alguém do Governo disse que não se justifica, mas sabem mesmo porque o Governo e a DGS não criam na AZAMBUJA, o cerco sanitário?
    Pura e simplesmente porque o nem o Governo nem a DGS mandam nada, nadaaaaa, quem manda são A SONAE, A JERÓNIMO MARTINS, O GRUPO AUCHAN, A PEPSICO (Matutano), entre outras…
    Todas essas grandes empresas têm as suas bases logística na Azambuja e Carrregado, e se criarem o tal cerco sanitário, todas as lojas Continente, Pingo Doce, Recheio e outras afiliadas que se encontrem na zona centro e sul, ficam sem nada nas prateleiras para vender, resultado, os clientes iriam fazer compras ao intermarche e LIDL (ambos têm as suas bases logísticas em TORRES NOVAS, o que significa que SONAE E JERÓNIMO MARTINS perderiam imenso dinheiro, e isso é que é 1 verdadeiro problema, não é a saúde publica, essa passa para 2º plano, se morrerem + 3 ou 4 mil pessoas, ñ é importante, importante sim, é os tubarões deste país continuarem a facturar.
    Além disso, já todos ouvimos membros do Governo dizerem que esta pandemia está a custar 1a fortuna ao Estado, nomeadamente á Segurança Social, mas alguém ja ouviu algum membro do Governo dizer quanto é que a Segurança Social ira poupar no futuro em pensões e reformas que deixarão de ser pagas porque os beneficiários faleceram vítimas da COVID19??? que na sua maioria eram pessoas de idade avançada.
    Claro que não falam nisso, esses números não interessam, interessa sim é ir mentalizando o povo que vem aí uma fatura pesada para pagar…
    Provavelmente, só a SONAE na Azambuja teve + casos de infecção por COVID19 do que o concelho de OVAR todo, no entanto, esse concelho foi isolado do resto do país, e algum disse que não se justifica fazer o mesmo na Azambuja e grande Lisboa?, ESTRANHO NÃO?

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