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PSD tem “obviamente” de apoiar um candidato presidencial. Rio à espera de Marcelo

Ricardo Castelo / Lusa

O presidente do Partido Social Democrata (PSD), Rui Rio

Um partido como o PSD “tem obviamente” de apoiar um candidato na corrida presidencial a Belém, considerou Rui Rio, sem adiantar já um apoio à eventual recandidatura do atual Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

“Não é desculpável que um partido desta dimensão não tenha um candidato”, disse esta quarta-feira Rui Rio, que participava através de uma videoconferência na Assembleia da Distrital de Lisboa de evocação aos 46 anos do partido.

Tal como frisa a Rádio Renascença, Rui Rio não avança já de antemão um apoio a Marcelo Rebelo de Sousa, ao contrário do que fizeram os outros candidatos à liderança do PSD.

O líder laranja aguarda a decisão do atual chefe de Estado. “Vamos aguardar aquilo que vai ser a posição do atual Presidente da República e militante do PSD, Marcelo Rebelo de Sousa, aguardemos por aquilo que ele pretende fazer e como pretende fazer”, disse.

Na mesma intervenção, Rio definiu três dossiês-chave: as autárquicas, presidenciais e legislativas. No que respeita às autárquicas o PSD tem de estar “muito preocupado”, com o segundo “tem de ter alguma preocupação” e, com o terceiro, “não tem de se preocupar”.

Sobre a autárquicas, o líder do PSD deixou a mesma estratégia que tem definido: mesmo que o PSD não consiga ganhar câmaras, deve cimentar resultados para que conquistar vereadores que possam ser uma forte oposição.

Rui Rio reconhece ainda que o trabalho rumo às autárquicas de 2021 está “atrasado”. “Devíamos ter começado uma ação maior no terreno no início de 2019. A verdade é que para lá dos tumultos internos, tivemos eleições europeias, tivemos eleições legislativas, depois tivemos eleições diretas e a seguir o vírus. Isto prejudicou a nossa preparação”.

Quanto às legislativas, continuou, o PSD não se deve preocupar até porque estas eleições não vão acontecer tão cedo, uma vez que ninguém prevê eleições até agosto e que depois o Presidente não pode dissolver a Assembleia da República. “Podemos dedicarmo-nos à oposição saudável ao governo e ao PS, sem preocupação de saber que vai haver um ato eleitoral que degrada sempre muito o ambiente político”, considerou.

“Aquilo que nós temos de fazer é a construção da nossa credibilidade, é isto que nos pode abrir a porta, no futuro, a ser uma alternativa para os portugueses”, rematou.

A sessão, que durou mais de uma hora, contou, com cerca de 400 pessoas a assistir, segundo informação avançada pela RR.

ZAP //

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