José Coelho / Lusa

Podem vir a faltar máscaras nos super e hipermercados, alerta o presidente da APED. Em causa está a incapacidade de os fabricantes darem resposta ao aumento repentino da procura.
Com a entrada do país no estado de calamidade, o uso de máscara passa a ser obrigatório nos transportes públicos, supermercados, lojas até 200 metros quadrados com porta aberta para a rua e serviços públicos, como repartições de finanças e conservatórias. Como tal, a procura por máscaras tem aumentado exponencialmente nos últimos dias.
O presidente da Associação Portuguesa das Empresas de Distribuição (APED) adianta à TSF que, dentro dos próximas dias, podem vir a faltar máscaras nos supermercados. Isto porque os fabricantes não estão a conseguir responder ao aumento repentino da procura. Gonçalo Lobo Xavier apela ao “bom senso” por parte do Governo.
“O que nos tem sido transmitido pelas empresas é que, no decorrer das próximas semanas, iremos receber as encomendas”, disse o presidente da APED, explicando que as empresas portuguesas a quem foram feitas as encomendas ainda não as conseguiram entregar.
Com embalagens de 50 máscaras a custar mais de 20 euros, o Governo já admitiu intervir no mercado, embora a taxa de IVA já tenha sido reduzida para o mínimo e há uma margem de lucro máxima de 15% para o material de proteção individual.
“Nenhum dos nossos associados no retalho quer fazer negócio – digamos assim – com a venda de máscaras”, atirou Gonçalo Lobo Xavier. “Os preços poderão ser elevados, mas não é por causa da margem que a distribuição está a pôr”.
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