O primeiro-ministro pediu unidade entre Estado e empresas em defesa dos postos de trabalho, numa mensagem sobre o 1.º de Maio, assinalando que o dia será comemorado hoje de forma diferente por causa da pandemia da covid-19.
Esta posição foi transmitida por António Costa na sua conta pessoal na rede social Twitter, numa mensagem dedicada às comemorações do Dia do Trabalhador.
“Vivemos tempos em que os trabalhadores, o Estado e as empresas partilham esforços para preservar os postos de trabalho. Sabermos estar unidos nesta causa, protegendo quem trabalha e o seu trabalho, deve ser a principal mensagem neste dia”, sustentou o primeiro-ministro.
Ma sua mensagem, António Costa referiu-se à atual crise sanitária provocada pela covid-19, apontando que este ano se assinala “o Dia do Trabalhador de forma diferente”.
“Também no mercado de trabalho a pandemia está a deixar as suas marcas. Em tempos de exceção, temos de ter sempre como prioridade defender o trabalho, a sua dignidade e importância numa sociedade que se quer mais justa”, acrescentou.
Injeção financeira com medidas sociais
A UGT defendeu hoje que a injeção financeira na economia deverá ser acompanhada por medidas sociais para quem perdeu o trabalho devido à pandemia da covid-19 e que é preciso celeridade nos apoios a conceder a empresas e famílias.
Devido ao estado de emergência em que o país se encontra, a UGT decidiu cancelar as suas comemorações do 1.º de Maio que tinha agendado para Vila Real e estar junto dos trabalhadores nas redes sociais, “no respeito pela saúde dos portugueses, pelas regras das autoridades de saúde e pelo estado de emergência”, afirma o secretário-geral da UGT, Carlos Silva.
“Ainda que estejamos confinados em nossas casas, fruto da pandemia que nos assola e que veio alterar os nossos ritmos de vida em sociedade, não deixaremos de comemorar o dia histórico” da classe trabalhadora, sublinha Carlos Silva na sua intervenção, que pode ser acompanhada nas redes sociais da central sindical.
Apesar de se estar em confinamento social, importa dizer ao país, a quem governa, aos políticos e aos empresários, que “a grave situação de saúde que afeta os portugueses, a Europa e o mundo não serve de pretexto para a diminuição de direitos e de rendimentos aos trabalhadores”.
Para minimizar o impacto da situação, Carlos Silva defende que a criação de “um rendimento mínimo (sem condições) para todos quantos foram afetados pela crise e não estejam enquadrados noutras medidas excecionais de apoios sociais” e que seja dada uma oportunidade de “reconversão profissional” a todos os que perderam o seu emprego, através do IEFP.
ZAP // Lusa