A Nuro foi a primeira empresa a receber isenção regulamentar em fevereiro, o que significa que os veículos R1 já não precisam de ter espelhos retrovisores.
A empresa de veículos autónomos Nuro iniciou os primeiros testes na Califórnia, mas há um detalhe que os mais atentos não deixaram escapar: os espelhos retrovisores nos veículos de entrega autónomos. Mas para quê?
Além de estar repleto de sensores, o veículo não tem espaço para um motorista humano. No fundo, apesar de o veículo R1 da Nuro conseguir mover-se sem qualquer intervenção humana, precisa de retrovisores porque as regulamentações assim o ditam. Tão simples quanto isto.
Os regulamentos também exigem um pára-brisas e a desativação das câmaras traseiras quando o carro se encontra em movimento, para evitar que os motoristas (inexistentes) se distraiam.
O veículo autónomo não exige nenhum destes recursos para operar com segurança, mas a legislação ainda não mudou. No entanto, em fevereiro, a Nuro tornou-se a primeira empresa a receber isenção regulamentar, o que significa que os veículos R1 já não precisam de ter espelhos retrovisores.
De acordo com o The Next Web, o benefício de retirar os retrovisores do R1 vai para além da estética. A empresa diz que, desta forma, vai conseguir tornar as bordas do veículo mais redondas e torná-las mais seguras.
Além disso, uma vez que o veículo não precisará de proteger qualquer humano no interior, o foco estará agora voltado para a segurança dos pedestres e condutores que se encontrem na estrada.
A legislação atual servirá como uma espécie de trampolim para os novos regulamentos, que terão de dar atenção às tecnologias autónomas emergentes. Para já, as empresas que não receberam isenção terão de incorporar espelhos retrovisores nos veículos, mesmo que sejam totalmente inúteis.