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As conferências pelo Facebook da primeira-ministra da Nova Zelândia são como “ser aconchegado” por uma mãe

A Nova Zelândia está em quarentena nacional para travar a propagação da pandemia do novo coronavírus, a covid-19. Para chegar aos habitantes, a primeira-ministra, Jacinta Ardern, usa o Facebook.

No dia em que foi decretada a quarentena nacional no país, e vestida com uma sweater a partir da cama, Jacinta Ardern fez um vídeo em direto no Facebook, perguntou como todos estavam e contou aos cidadãos as novidades do dia.

“Pensei em dar um saltinho online só para ver se estavam todos bem enquanto nos preparamos para nos resguardarmos durante umas semanas”, disse Jacinda Ardern, numa das suas mensagens divulgadas nas redes sociais, aclamadas por milhões de pessoas em isolamento e citadas pela agência Reuters.

Evening everyone. Thought I’d jump online and answer a few questions as we all prepare to stay home for the next wee while. Join me if you’d like!

Publicado por Jacinda Ardern em Quarta-feira, 25 de março de 2020

A primeira-ministra faz conferências de imprensa durante mais de 30 minutos por dia, responde a questões, partilha vídeos no Facebook e publica fotografias no Instagram, contrastando com alguns líderes mundiais.

Nas suas conferências pelo Facebook, Ardern também tem falado sobre como é trabalhar no seu escritório, passar tempo com a família e até as complicações em ensinar a filha, de quase 2 anos, a usar a sanita.

“Isto é uma sensação parecida à de ser aconchegado na cama à noite pela minha mãe”, comentou uma pessoa que estava a assistir. “Obrigada pela atenção.”

A quarentena imposta na quinta-feira terá efeitos de longo prazo na economia da nação de cinco milhões de habitantes, focada nas exportações para o Oriente. Porém, a comunicação da primeira-ministra de 39 anos tem sido elogiada – até pelos seus críticos.

“Penso que ela comunica muito bem e de forma muito clara”, afirmou o antigo primeiro-ministro John Key, que é líder do partido de oposição.

Na Nova Zelândia, há 589 infetados e uma morte por covid-19, um número bastante pequeno quando comparado com outros países como a Austrália, que tem 4.200 casos e 17 mortes.

ZAP //

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