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Correr é mais fácil com estes exoesqueletos para os tornozelos

Uma equipa de engenheiros da Universidade de Stanford desenvolveu um exoesqueleto motorizado que reduz drasticamente o esforço de corrida.

Correr é uma das formas mais acessíveis de fazer exercício físico e uma das mais odiadas, por ser um desporto muito duro para o corpo. Agora, a equipa da Universidade de Stanford encontrou uma solução para tornar a corrida mais aprazível: um exoesqueleto para o tornozelo que ajuda o praticante a correr mais facilmente.

De acordo com o artigo científico, publicado recentemente na Science Robotics, o dispositivo foi desenhado para ser apertado na canela e ser uma espécie de adereço a uma sapatilha de corrida, uma vez que dispõe de uma corda no calcanhar e de uma placa de fibra de carbono na sola.

Para testar a sua eficácia, os engenheiros experimentaram dois tipos de assistência: um movido a motor e outro acionado por mola. Primeiro, os participantes correram numa passadeira com a sonda desligada; depois, com a assistência motorizada; e, por último, com a assistência de mola. Estes dois modos têm como alvo partes diferentes da perna.

O modo de potência funciona como um cabo de freio de uma bicicleta, uma vez que os motores puxam um cabo que corre na parte traseira da plataforma, do calcanhar aos gémeos, fazendo com que haja uma maior extensão do tornozelo. Já o modo de mola funciona, tal como o nome indica, como se houvesse uma mola, economizando a energia dos passos iniciais.

Os resultados não trouxeram grandes surpresas: o exoesqueleto motorizado reduziu em 15% o uso de energia do participante em comparação com a corrida normal e aumentou a velocidade até 10%. Ainda assim, ficaram surpreendidos quando descobriram que o modo acionado por mola aumentou 11% a necessidade de energia por parte do participante.

Steve Collins, um dos autores principais do estudo, explicou que, quando as pessoas correm, as pernas comportam-se como se fossem uma mola, “por isso, ficamos muito surpreendidos ao descobrir que a assistência semelhante à mola não é eficaz“.

Os resultados revelaram ainda que correr com o exoesqueleto desligado era, em relação à energia gasta pelos participantes, 13% mais intenso do que correr com um par de sapatilhas comum. No futuro, a equipa pretende tornar este dispositivo mais leve para que se torne muito mais viável fora de um laboratório.

O exoesqueleto não ajudará as pessoas a qualificarem-se para uma maratona, disse Collins, citado pelo Futurity. No entanto, pode ajudar os iniciantes a acompanhar os colegas mais experientes.Além disso, o dispositivo pode ser usado para facilitar a corrida das equipas de emergência médica, que precisam muitas vezes de correr para exercer a sua atividade de socorro.

ZAP //

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