Prisa rejeita novas negociações e afirma que vai avançar com ações contra a Cofina

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A Prisa rejeitou a hipótese de voltar às negociações da venda da Media Capital – dona da TVI – com a Cofina, afirmando que vai avançar “com todas as medidas e ações” contra aquela empresa, que detém a CMTV e o Correio da Manhã.

Segundo um comunicado enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) esta segunda-feira, citado pelo Jornal Económico (JN), a Prisa – dona da Media Capital – vai agir em defesa dos interesses do grupo, dos seus acionistas e “quaisquer outros afetados pela situação criada” pelo grupo de Paulo Fernandes.

“A companhia reitera (i) o seu entendimento de que a Cofina violou o contrato de compra e venda datado de 20 de setembro e alterado em 23 de dezembro de 2019 referente à venda de toda a participação detida pela Prisa na sua subsidiária Vertix SGPS, S.A., que por sua vez detém 94,69% da empresa portuguesa cotada Grupo Media Capital SGPS, S.A, tendo em vista os termos comunicados pela própria Cofina em 10 de março de 2020 após sua renúncia voluntária a continuar com o aumento de capital aprovado por seus acionistas em 29 de janeiro de 2020; e (ii) que a companhia começou e vai continuar a procurar todas as medidas e ações contra a Cofina em defesa dos seus interesses, dos de seus acionistas e quaisquer outros afetados pela situação criada pela Cofina”, lê-se no comunicado.

A Prisa anunciou igualmente que rejeita a argumentação da Cofina sobre a resolução do contrato, apresentada a 13 de março, indicando que “não é apropriado, como a Cofina parece pretender”, alterar o os termos do contrato para “restabelecer o equilíbrio dos respetivos benefícios recíprocos, de acordo com os princípios de boa fé”.

Na semana passada, a Cofina anunciou que não tinha conseguido o aumento de capital de 85 milhões de euros para a compra da Media Capital. No mesmo dia – 11 de março -, a Prisa considerou que o grupo violou o contrato firmado “sem aviso prévio” e , por isso, anunciou que iria avançar “com todas as ações contra a Cofina”.

Na sexta-feira, a Cofina disse que não houve violação do contrato, visto que a validade do documento “não caducou por insucesso do aumento de capital”, razão que leva a empresa a não querer pagar a caução prevista de 10 milhões de euros.

ZAP //

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