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Cofina dá sete dias à Prisa para renegociar contrato. E rejeita pagar os 10 milhões

A Cofina dá sete dias à Prisa para evitar que o negócio falhe e alega que esta não pode ficar com os dez milhões de euros entregues como caução.

“A Cofina SGPS, S.A. informa, no âmbito da operação de aquisição da participação detida pela Promotora de Informaciones, S.A. (Prisa) na Grupo Media Capital, SGPS, S.A. através do contrato de compra e venda de ações representativas de 100% do capital social e dos direitos de voto da Vertix, SGPS, S.A., celebrado no dia 20 de setembro de 2019, que, no seu entendimento, o contrato não caducou por efeito insucesso do aumento de capital da Cofina, cujo prospeto foi objeto de divulgação no passado dia 17 de fevereiro, razão pela qual não são devidos os 10 milhões de euros”, referiu a empresa no comunicado colocado, hoje, no site oficial da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).

“Não obstante, a Cofina enviou à Prisa, em 12 de março, uma notificação de resolução do contrato (na base de fundamentos que oportunamente serão objeto de divulgação pública), condicionada a que, no prazo de sete dias, a Cofina e a Prisa não venham a acordar numa modificação do contrato de forma a restabelecer um equilíbrio das prestações recíprocas conforme com os princípios da boa-fé”, lê-se na mesma nota.

Esta semana, a Cofina desistiu da compra da Media Capital alegadamente por falha no aumento de capital de 85 milhões de euros. Porém, de acordo com o semanário Expresso, a dona do CM pretende, agora, com este comunicado afirmar que não foi o falhanço do aumento de capital que ditou a quebra do negócio.

E, portanto, a empresa dá agora sete dias à Prisa para evitar que o negócio falhe. Para que tal não aconteça, pede que se negoceiem mudanças no contrato.

O grupo liderado por Paulo Fernandes não revela quais são as alterações necessárias para manter o negócio, mas, segundo o Observador, em causa estará mais uma correção no preço da aquisição para refletir os prejuízos extraordinários de 55 milhões de euros anunciados pela Media Capital para 2019.

Caso as duas partes não cheguem a acordo, a Cofina avança então para a resolução do contrato e ameaça revelar os fundamentos que estarão na base dessa resolução contratual.

Não tendo sido a falha do aumento de capital a razão para a compra não ter sido efetuada, a Cofina entende ainda que a Prisa não pode ficar com os 10 milhões de euros que foram entregues como caução na operação.

Hoje, a Cofina anunciou ainda que registou, em 2019, um resultado líquido de 7,2 milhões de euros, um valor 15,3% acima do obtido em 2018, numa base comparável, “excluindo operações descontinuadas”.

ZAP //

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