A Cofina desistiu de comprar a TVI após falhar a operação de aumento de capital, comunicou esta terça-feira a dona do Correio da Manhã, Record e revista Sábado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM).
A operação de oferta pública que permitiria o aumento de capital da Cofina no montante de 85 milhões de euros para financiamento da compra da TVI terminava esta terça-feira. Contudo, face à “deterioração das condições de mercado” e “não tendo sido verificada a condição de subscrição integral do aumento de capital, a oferta ficou sem efeito”, pode ler-se no comunicado da Cofina.
Conclusão: “não se encontram reunidas as condições de que depende a conclusão do negócio de compra e venda das ações da Vertix (e indiretamente da Média Capital)”, segundo a mesma informação divulgada pela CMVM.
A oferta abrangia a subscrição reservada a acionistas no exercício do direito de preferência e demais investidores que adquiram direitos de subscrição, através da emissão de 188.888.889 novas ações ordinárias, escriturais e nominativas, sem valor nominal.
O preço de subscrição tinha sido fixado em 0,45 euros por cada nova ação, que correspondia ao respetivo valor de emissão.
Entretanto, a Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) decidiu a suspensão da negociação das ações da Cofina e do Grupo Media Capital até às 9h, até à divulgação de informação relevante.
Em comunicado ao mercado, “o Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) deliberou, nos termos do artigo 214.º e da alínea b) do n.º 2 do artigo 213.º do Código dos Valores Mobiliários a suspensão da negociação das ações da Cofina, SGPS, S.A. até às 9h do dia 11 de março de 2020, e do Grupo Media Capital SGPS, S.A. até à divulgação de informação relevante sobre o emitente”.
Os acionistas da Cofina tinham aprovado no final de janeiro o aumento de capital até 85 milhões de euros para financiar a compra da TVI. Na mesma altura, os acionistas da Prisa aprovaram a venda da Vertix, que detém a maioria da Media Capital, à Cofina, em assembleia-geral extraordinária, em Madrid.
Isto depois de a 30 de dezembro, a Autoridade da Concorrência (AdC) ter anunciado a sua não oposição à compra da Media Capital pela Cofina, que era uma das condições da dona do Correio da Manhã para o sucesso da oferta.
No anúncio preliminar de lançamento da oferta pública de aquisição (OPA), a Cofina fez depender o sucesso da operação de um conjunto de condições prévias, entre as quais a não oposição por parte da AdC, a autorização da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC), a aprovação, pela assembleia-geral da espanhola Prisa, da transação, bem como a aprovação e execução de um ou mais aumentos de capital social da dona do Correio da Manhã para financiar a compra da Media Capital.
O grupo Cofina detém, além do Correio da Manhã e do Record, a CMTV, o Jornal de Negócios, a revista Sábado, entre outros títulos. Por sua vez, a Media Capital conta com seis canais de televisão e a plataforma digital TVI Player. Além da TVI, canal generalista em sinal aberto, conta com a TVI24, TVI Reality, TVI Ficção, TVI Internacional e TVI África. A Media Capital tem também rádios, nas quais se inclui a Comercial.
ZAP // Lusa
Enfim… o que se podia esperar da falida Cofina?
É mesmo um grupo à altura do Ventura, da Maya (e do Mário Ferreira, etc)…
Se os espanholais da Prisa/ TVI eram maus, estes vigaristas da Cofina não ficam nada atrás… e, o melhor é mesmo juntar o lixo TVI/CM num só grupo!…