Mais de dois terços dos países, juntamente com muitas das economias mais avançadas do mundo, estão estagnados ou mostram sinais de retrocesso nos seus esforços de combate à corrupção.
Segundo o Índice de Perceção de Corrupção (CPI) de 2019, da organização não-governamental Transparency International (TI), um “número impressionante de países está a mostrar pouca ou nenhuma melhoria no combate à corrupção”.
A análise do CPI constata que os “países em que as eleições e o financiamento de partidos políticos estão abertos a influência indevida de interesses pessoais são menos capazes de combater a corrupção”.
“A frustração com a corrupção do Governo e a falta de confiança nas instituições indicam a necessidade de maior integridade política”, salientou Delia Ferreira Rubio, presidente da ONG responsável pelo relatório divulgado, esta quinta-feira, em Berlim, Alemanha.
“Os Governos devem abordar com urgência o papel corrupto do dinheiro no financiamento de partidos políticos e a influência indevida que ele exerce nos nossos sistemas políticos”, acrescentou.
O Índice de Perceção de Corrupção classifica 180 países e territórios pelos seus níveis percetíveis de corrupção no sector público, com base em 13 avaliações de especialistas e inquéritos de executivos empresariais.
O CPI usa uma escala de zero a 100, em que zero é altamente corrompido e 100 é muito limpo. Segundo o CPI, mais de dois terços dos países pontuam abaixo de 50, com uma pontuação média de apenas 43.
No caso de Portugal, o nosso país perdeu dois pontos, passando de 64 para 62, mas manteve-se na posição 30, o que, segundo o capítulo português da Transparência Internacional, representa uma estagnação do país no índice há sete anos.
Desde 2012, apenas 22 países melhoraram significativamente as suas pontuações incluindo a Estónia (74), a Grécia (48) e a Guiana (40). No mesmo período, 21 países diminuíram significativamente as suas pontuações — Austrália (77), Canadá (77) e Nicarágua (22). Nos restantes 137 países, os níveis de corrupção “mostram pouca ou nenhuma mudança”.
No topo da tabela estão a Dinamarca e a Nova Zelândia, com pontuação de 87 cada, seguidos pela Finlândia (86), Singapura (85), Suécia (85) e Suíça (85). Já a Síria, o Sudão do Sul e a Somália, com pontuações de 13, 12 e 9, respetivamente, ocupam os últimos lugares.
O Índice revela ainda que quatro países do G7 obtiveram pontuação inferior em comparação ao ano passado: Canadá (77), Reino Unido (77), França (69) e EUA (69). A Alemanha e o Japão não verificaram melhorias, enquanto a Itália ganhou um ponto.
Para “reduzir a corrupção e restaurar a confiança na política”, a Transparency International recomenda que os Governos reforcem os controlos e as contas e promovam a separação de poderes; abordem o tratamento preferencial para garantir que orçamentos e serviços públicos não sejam conduzidos por ligações pessoais ou interesses especiais tendenciosos e controlem o financiamento político para evitar dinheiro excessivo e influência na política.
A TI aconselha ainda a gerir conflitos de interesse, regular atividades de lóbi, fortalecer a integridade eleitoral e prevenir e sancionar campanhas de desinformação e capacitar cidadãos e proteger ativistas, denunciantes e jornalistas.
A Transparency International é uma organização não-governamental com sede em Berlim que lidera a luta contra a corrupção há mais de 25 anos.
ZAP // Lusa
Porque é que somos EXCELENTES no que há de pior ????????….. Um País que tudo tem para ser um exemplo de Sociedade decente, as mãos de um punhado de VIGARISTAS patenteados, e um Povo de mãos manietadas, calmo , sereno , impotente…..com un só direito por enquanto, o de protestar sem efeito pratico………é o que fazemos !