/

Fukushima quer abastecer a região com energia 100% renovável até 2040

Mais de oito anos após o colapso da central nuclear de Daiichi, Fukushima quer virar a página: não depender da energia nuclear para obter energia é o objetivo.

O governo local de Fukushima já prometeu fornecer à região 100% de energia renovável até 2040. A meta já está a bloquear grandes investimentos.

Em novembro, o jornal japonês Nikkei Asian Review informou que um projeto de 2,75 mil milhões de dólares (equivalente a 2,49 mil milhões de euros), financiado em parte pelo governo, visava a construção de 11 parques eólicos e dez parques eólicos em terras agrícolas e áreas montanhosas abandonadas.

No entanto, o projeto causará um pequeno impacto na produção de energia de Daiichi. A produção estimada para todos os parques eólicos é de apenas 600 megawatts – muito longe dos 4.700 megawatts dos reatores nucleares, de acordo com o The Verge.

Mas Fukushima está também a planear o uso de centrais de energia geotérmica e de biomassa, além da infraestruturas de energia solar e eólica, que irão contribuir para as necessidades de energia da região.

Ainda assim, segundo o Futurism, é muito pouco provável que o Japão desista da energia nuclear num futuro próximo. O primeiro-ministro japonês, Shinzo Abe, adepto da energia nuclear, pede cada vez com mais frequência que os reatores mais antigos sejam reiniciados, apesar da crescente oposição que enfrenta em relação a este tema. Aliás, o novo ministro do Ambiente pediu que reatores antigos fossem demolidos.

Certo é que o país tem ainda um longo caminho a percorrer, se decidir seguir os mesmos passos ecológicos de Fukushima. De acordo com o matutino, em 2018, só 17,4% do consumo de energia no Japão é fruto de fontes renováveis, de acordo com o Instituto de Políticas de Energia Sustentável.

O país ainda é muito dependente de carvão e de gás natural, sendo o terceiro maior país importador de carvão do mundo, de acordo com a Administração de Informações de Energia dos Estados Unidos.

ZAP //

Deixe o seu comentário

Your email address will not be published.