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Morreu o primeiro doente diagnosticado com pneumonia viral na China

Bin-Cai/Flickr

As autoridades chinesas anunciaram este sábado a morte de um primeiro doente com pneumonia viral em Wuhan, capital da província central chinesa de Hubei.

As autoridades chinesas anunciaram a morte de um primeiro doente com pneumonia viral em Wuhan, capital de Hubei. A Comissão Municipal de Saúde de Wuhan acrescentou que sete pacientes estão em estado considerado crítico, dos 41 casos de pneumonia causada por um novo tipo de coronavírus diagnosticados até sexta-feira.

Os restantes pacientes estão estáveis e dois já tiveram alta hospitalar. A comissão acrescentou que 739 pessoas, incluindo 419 do pessoal médico, que mantiveram contactos próximos com os doentes, estão sob observação e até ao momento não foram identificados quaisquer casos relacionados com a doença.

O estado dos doentes e a situação epidémica estão atualmente sob controlo, disse Wang Guangfa, um dos membros da equipa nacional chinesa de peritos médicos que está a acompanhar a situação em Wuhan. A proporção de casos graves é semelhante à verificada em casos de pneumonia comum, notou Wang.

A 5 de janeiro, Wuhan, cidade onde residem 11 milhões de pessoas, tinha registado 59 casos de pneumonia viral, na altura sem causa conhecida. Os primeiros casos foram detetados no fim de dezembro último. Em Macau, o diretor dos Serviços de Saúde, Lei Chin Ion, disse não ter sido registada qualquer ocorrência no território, que tem duas ligações aéreas diárias com Wuhan.

Ainda assim, a região semiautónoma chinesa elevou, no domingo passado, o nível de alerta de emergência para três para reforçar a prevenção e coordenação na resposta à pneumonia viral do centro da China. Também em Hong Kong não foi diagnosticado qualquer caso relacionado com os de Wuhan, informou na quarta-feira a Autoridade Hospitalar de Hong Kong.

Os coronavírus são uma espécie de vírus que causam infeções respiratórias em seres humanos e animais e são transmitidos através da tosse, espirros ou contacto físico.

Alguns destes vírus resultam apenas numa constipação, enquanto outros podem gerar doenças respiratórias mais graves, como a pneumonia atípica, ou Síndrome Respiratória Aguda Grave (SARS), que entre 2002 e 2003 matou mais de oito mil pessoas em todo o mundo.

Nos últimos anos, a síndrome respiratória do Médio Oriente, um coronavírus que começou na Jordânia e na Arábia Saudita, em 2012, alastrou por cerca de duas dezenas de países, com perto de 2.500 casos confirmados em laboratório, incluindo mais de 800 mortes.

ZAP // Lusa

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