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Novo estudo mostra que Vénus ainda pode ter vulcões ativos

Uma equipa de cientistas diz ter encontrado evidências de que há vulcões ativos na superfície de Vénus. Se isto se confirmar, é o único planeta no Sistema Solar, para além da Terra, que ainda está vulcanicamente ativo.

Embora se saiba que Vénus tenha sido vulcanicamente ativo há 2,5 milhões de anos, não foram encontradas evidências concretas de que ainda existam erupções vulcânicas na superfície deste planeta.

Porém, segundo o Science Alert, uma nova investigação do Lunar and Planetary Institute (LPI) mostra que Vénus ainda pode ter vulcões ativos, tornando-o o único planeta no Sistema Solar, para além da Terra, que ainda está vulcanicamente ativo.

A equipa de cientistas simulou a atmosfera do planeta em laboratório para investigar como é que os fluxos de lava de Vénus mudariam ao longo do tempo. Foi assim que descobriu que a olivina, um mineral que existe em abundância no basalto, reage rapidamente com uma atmosfera como a deste planeta e ficaria revestida por magnetita e hematita (dois minerais ricos em óxido de ferro) em poucos dias.

Os investigadores compararam estes resultados com os dados obtidos ao longo dos anos pela sonda Venus Express, que detetou sinais de olivina na superfície de Vénus, e descobriram que a assinatura de infravermelho emitida por estes minerais desapareceria em poucos dias.

A partir disso, os cientistas concluíram que os fluxos de lava observados em Vénus eram muito jovens, o que, por sua vez, poderá indicar que este planeta ainda possui vulcões ativos na sua superfície.

“Se Vénus for realmente ativo hoje, seria um ótimo lugar para visitar e entender melhor o interior dos planetas. Poderíamos estudar como é que os planetas arrefecem e porque é que a Terra e Vénus têm vulcanismo ativo, mas Marte não”, afirma Justin Filiberto, o cientista que liderou a investigação e cujo estudo foi publicado na Science Advances.

Num futuro próximo, vamos ouvir falar sobre várias missões a Vénus para aprender mais sobre a sua atmosfera e condições da sua superfície. Falamos, por exemplo, do orbitador Shukrayaan-1, da Organização Indiana de Pesquisa Espacial (ISRO), e da sonda russa Venera-D, que têm lançamento previsto para 2023 e 2026, respetivamente.

ZAP //

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