A embaixada dos Estados Unidos em Bagdade apelou aos cidadãos norte-americanos que abandonassem “imediatamente” o Iraque. O aviso surge após Trump ter ordenado a morte do general Qassem Soleimani.
Esta sexta-feira, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, ordenou a morte do comandante da força de elite iraniana Al-Quds, o general Qassem Soleimani. O militar foi morto num ataque aéreo ao aeroporto de Bagdad e o Líder supremo do Irão prometeu uma “vingança implacável”.
Em comunicado, o Pentágono disse que Soleimani estava “ativamente a desenvolver planos para atacar diplomatas e membros de serviço norte-americanos no Iraque e em toda a região”. O Departamento de Defesa também acusou Soleimani de aprovar o assalto inédito à embaixada dos Estados Unidos em Bagdad no início desta semana.
A embaixada dos EUA em Bagdade, que foi atacada na terça-feira, apelou aos cidadãos norte-americanos para abandonar o Iraque “imediatamente”. O anúncio foi feito poucas horas depois de a morte do general Qassem Soleimani ter sido conhecida publicamente.
Segundo o JN, com receio de possíveis repercussões negativas, a representação diplomática norte-americana pede para que os cidadãos “partam de avião o mais rápido possível” ou então saiam “para outros países por via terrestre”. O Iraque faz fronteira com Irão, Síria, Arábia Saudita e Turquia.
Dezenas de trabalhadores norte-americanos de petrolíferas iraquianas já começaram a sair do país após o apela da embaixada. De acordo com o jornal Público, as empresas petrolíferas recomendaram os trabalhadores a abandonar o país de avião e explicaram que a sua saída não afetaria a operação, produção ou exportações.
O presidente do Conselho Europeu, o belga Charles Michel, exigiu nesta sexta-feira o fim da escalada de violência no Iraque, na sequência da morte do general Qassem Soleimani.
“O ciclo de violência, provocações e retaliações a que temos vindo a assistir nas últimas semanas no Iraque tem de acabar. Tem de se evitar uma maior escalada a todo o custo. O Iraque continua a ser um país frágil. Demasiadas armas e milícias estão a atrasar o processo de regresso a uma vida normal por parte dos cidadãos iraquianos”, lê-se em comunicado.