O papa Francisco afirmou esta segunda-feira que o celibato não é um “dogma de fé” na Igreja Católica, que há sacerdotes casados nos ritos orientais e que “a porta está sempre aberta” para tratar o tema.
As declarações foram prestadas durante o voo de regresso a Roma, depois da viagem à Palestina e Israel, à agência Ansa.
“O celibato não é um dogma de fé, é uma regra de vida, que aprecio muito e creio que é uma oferta à Igreja”, disse.
A afirmação de Jorge Mario Bergoglio foi feita dias depois de se conhecer uma carta a solicitar uma revisão da disciplina do celibato, escrita por um grupo de 26 mulheres, que vivem ou viveram uma relação com um sacerdote e que pretendem fazê-lo às claras.
Até hoje, a Santa Sé não tinha feito qualquer comentário sobre esta carta.
Na Igreja Católica Romana, o celibato eclesiástico, isto é, a renúncia ao matrimónio, e a promessa de castidade, são uma obrigação para os sacerdotes desde o II Concílio de Letrán, em 1139.
Por outro lado, na Igreja Católica Ortodoxa esta obrigação só se verifica em alguns casos; nas igrejas Protestantes, não existe qualquer restrição ao casamento de sacerdotes.
/Lusa