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Príncipe André afasta-se de deveres reais após entrevista sobre Epstein

Jamie J Gray / Flickr

O Príncipe André de Inglaterra

O príncipe André afirmou, esta quarta-feira, que vai afastar-se dos deveres reais com a permissão da Rainha Isabel II, face às críticas que tem sofrido depois da entrevista à BBC sobre o caso Epstein.

Para o Duque de Iorque, ficou claro nos últimos dias que a sua amizade com Jeffrey Epstein, encontrado morto na prisão onde estava sob acusação de tráfico sexual e abuso de menores, se tornou uma “grande distração” para o trabalho da família real.

Arrependido da sua associação ao bilionário norte-americano, o Príncipe André disse que “simpatiza profundamente” com as vítimas dos crimes de Epstein.

Segundo o príncipe, a sua mãe, a Rainha Isabel II, já lhe deu permissão para se afastar dos deveres reais.

Numa entrevista transmitida no passado sábado no programa Newsnight da BBC, o príncipe disse que nunca suspeitou do comportamento criminoso de Epstein e contestou as acusações de uma mulher, alegadamente recrutada pelo norte-americano, que afirma ter sido forçada a ter relações sexuais com o Duque de Iorque quando tinha 17 anos.

Depois da entrevista, André foi fortemente criticado por não ter expressado preocupação pelas vítimas de Epstein e já foram várias as instituições e empresas que anunciaram o fim das suas ligações ao príncipe.

Epstein aguardava julgamento numa prisão em Nova Iorque, nos Estados Unidos, quando foi encontrado morto, uma morte considerada suicídio pelo médico legista da cidade.

André, por seu lado, considera que o suicídio de Epstein deixou muitas perguntas por responder. Há uns tempos, um médico legista contratado pela família do magnata afirmou que a sua morte terá sido sim um homicídio.

“As três fraturas são extremamente incomuns em enforcamentos suicidas e podem ocorrer muito mais frequentemente em estrangulamentos homicidas”, disse Michael Baden.

Esta terça-feira, dois guardas que deveriam estar a vigiar Epstein na noite em que se suicidou foram detidos. Os dois indivíduos deverão ser acusados formalmente pelo tribunal distrital de Manhattan por crimes relacionados com a alegada falha.

ZAP // Lusa

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