O embaixador dos EUA na União Europeia disse, esta quarta-feira, no Congresso que pressionou o Governo da Ucrânia a investigar as atividades da família de Joe Biden por “instruções expressas” de Donald Trump.
Durante a audição pública na comissão de inquérito para a destituição de Donald Trump, Gordon Sondland disse ainda que houve uma relação de troca (quid pro quo) entre a entrega de ajuda militar à Ucrânia e a investigação à família Biden e que transmitiu preocupação sobre esse facto ao vice-Presidente, Mike Pence.
O embaixador dos EUA na União Europeia disse ainda que ficou surpreendido por mais ninguém ter partilhado com ele a preocupação com a estratégia do Presidente para o caso ucraniano.
Na versão do embaixador, que foi um empenhado apoiante da candidatura presidencial de Trump, a pressão sobre o Governo ucraniano para realizar a investigação à família Biden foi impelida por Rudolph Giuliani, advogado pessoal do Presidente norte-americano.
“Giuliani exprimiu os desejos do Presidente dos Estados Unidos e sabíamos que essas investigações eram importantes para o Presidente”, disse Sondland, perante a comissão de inquérito.
Gordon Sondland já tinha prestado depoimento no Congresso, em privado, mas pediu para atualizar e corrigir as suas declarações iniciais, tendo hoje confirmado a existência de uma pressão sobre o Governo ucraniano, para benefício político de Donald Trump.
Na declaração pública no Congresso, Sondland confirmou que agiu perante o Governo da Ucrânia sob “ordens do Presidente” e que estas pressupunham a pressão para investigação sobre Hunter Biden, filho de Joe Biden, e a sua atividade junto de uma empresa ucraniana, Barisma, suspeita de corrupção, em troca de ajuda militar e de uma reunião do Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, na Casa Branca.
“Ficou claro para todos” os que participaram no processo que uma reunião na Casa Branca para o Presidente da Ucrânia e um telefonema com Trump só aconteceriam se o Presidente Volodymyr Zelensky concordasse em lançar uma investigação sobre as eleições nos EUA em 2016 e sobre o filho do ex-vice-Presidente Joe Biden, disse Sondland.
O embaixador disse que enviou um e-mail para o Departamento de Estado, antes do telefonema entre Trump e Zelensky, no dia 25 de julho, revelando estas questões.
No início do depoimento de Sondland, o representante republicano Devin Nunes disse que lamentava que o embaixador fosse obrigado a comparecer no Congresso, “para este circo”, e anunciou que o seu partido vai pedir a comparência no Congresso do funcionário da CIA que denunciou o caso, bem como de Hunter Biden.
Esta terça-feira, o tenente-coronel Alexander Vindman, assessor da Casa Branca, disse no inquérito que considerou “incorreto e inapropriado” o telefonema do Presidente com o seu homólogo ucraniano.
Donald Trump está sob investigação do Congresso num inquérito para a sua destituição, acusado de abuso de poder no exercício do cargo. O 45.º Presidente norte-americano, em funções desde 20 de janeiro de 2017, qualificou esta investigação como uma “caça às bruxas”.
As audições públicas do inquérito arrancaram no dia 13 de novembro.
Se as conclusões do inquérito forem aprovadas por maioria simples na Câmara dos Representantes, o processo segue para o Senado, sendo necessária uma maioria de dois terços para a destituição do Presidente.
ZAP // Lusa
“Caça ás bruxas” é fraco para caracterizar os ataques ao presidente, sem precedentes e sem qualquer fundamento ou factos minimanente relevantes e consistentes com os interesses dos estadounidenses da FEUAN!
Se nas suas múltiplas investigações e perseguições ao presidente Trump, não arranjam nada mais significativo do que um pedido deste de investigação às actividade de um cidadão, ainda por confirmar, que por acaso é filho do Joe Biden, a oposição a Trump vai realmente de mal a pior!
Hahahaaa…
Já diz o provérbio: “O cego não distingue cores”!…