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A maior lixeira da China ficou cheia 25 anos antes do previsto

O maior depósito de lixo da China, Jiangcungou, na cidade de Xi’an, já está cheio, 25 anos antes da altura prevista. O aterro tinha sido preparado para receber 2500 toneladas de resíduos por dia.

Porém, de acordo com a BBC, o mega-aterro tem recebido 10 mil – mais do que qualquer outro local destinado à decomposição do lixo.

O aterro serve mais de oito milhões de cidadãos, abrange uma área de 700 mil metros quadrados, tem uma profundidade de 150 metros e uma capacidade de armazenamento de mais de 34 milhões de metros cúbicos.

Até há pouco tempo, Xi’an era uma das poucas cidades da China que dependiam apenas de aterros sanitários para eliminar o lixo doméstico, fazendo com que a sua capacidade enchesse mais depressa.

No início deste mês foi inaugurada uma nova planta de incineração e prevê-se que, pelo menos, mais quatro sejam inauguradas em 2020. Espera-se também que, em conjunto, consigam processar cerca de 13 mil toneladas de lixo por dia. Esta medida faz parte de um plano para reduzir o número de aterros, usando outros métodos para destruir os resíduos.

A China é uma das maiores poluidoras do mundo, tendo de gerir anualmente o lixo de 1,4 mil milhões de habitantes. Em 2015, uma derrocada numa lixeira da cidade de Shenzen, provocada pelo excesso de resíduos, matou 73 pessoas. Em 2017, a China tinha acumulado já 215 milhões de toneladas de lixo doméstico urbano. A China planeia reciclar 35% dos resíduos nas principais cidades até ao final de 2020, segundo um relatório do governo.

Para além dos 215 milhões de toneladas que a China recolheu em resíduos domésticos, este país, até ao final de 2017, importava lixo de outros locais. Nesse ano, recebeu sete milhões de toneladas de plástico e 27 milhões de toneladas de papel da Europa, do Japão e dos Estados Unidos.

Outros países, como por exemplo, a Malásia, a Turquia, as Filipinas e a Indonésia, recolheram partes desse resíduos até, em maio deste ano, o sudeste asiático decidir devolver os contentores de resíduos manifestando que queriam deixar de ser a “lixeira do mundo”.

ZAP //

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