Os burros táxis são uma atração turística de Mijas, província de Málaga, no sul de Espanha. Agora foram definidas novas regras que têm em conta os direitos e o bem-estar dos animais.
O serviço funciona como um táxi: quando um deles termina a sua carreira, vai até ao final da fila para esperar novamente pela sua vez. Durante o verão, Páscoa e outras festividades, cada burro vai trabalhar três a quatro vezes por dia. No inverno, apenas uma vez por semana. O resto do tempo passa-o na sombra “esperando ou descansando nos estábulos próximos”.
O novo “Estatuto de Trabalhador” dos burros-táxi prevê que os animais deixem de transportar turistas com mais de 80 quilos nos passeios históricos de 15 minutos pelo centro da cidade, que custam 15 euros por pessoa. Além disso, vão passar também a ter horários de trabalho, com horas estabelecidas para descansar.
Segundo Nicolás Cruz (PSOE), do Conselho de Transportes e Mobilidade Urbana, as normas anteriores estavam desatualizadas e foi preciso adaptá-las às diretivas europeias em matéria de proteção animal.
Há também críticas dos próprios turistas contra esta atividade. “A norma também é importante para mostrar uma sociedade moderna de respeito pelo bem-estar animal”, disse ao jornal espanhol El País.
As novas regras, que deverão ser aprovadas no início de 2020, estabelecem horários de trabalho rígidos – das 9h às 18h no outono e no inverno e das 8h30 e 21h30 na primavera e no verão com uma pausa para descanso antes das 17h e por turnos. Segundo Nicolás Cruz, citado pelo Diário de Notícias, os animais que trabalhem de manhã não poderão fazê-lo à tarde e vive-versa. Os burros só podem ingressar nesta atividade turística se tiverem mais de 3 anos.
Os burros de Mijas também vão ter melhores condições dos estábulos, que terão de ter obrigatoriamente um espaço digno que lhes permita deitar-se, brincar e correr. Os animais devem ainda ter acesso a água 24 horas por dia e as rédeas devem ter pelo menos 30 centímetros para poderem mexer a cabeça e afugentarem as moscas.
Francisco Javier Lara, do Colégio de Advogados de Málaga e um dos impulsionadores da iniciativa, diz que estas regras “já se cumpriam mais ou menos, mas agora têm uma base normativa, portanto sancionável”. As multas podem oscilar entre 750 e 3.000 euros. O município de Mijas já prometeu aumentar a fiscalização e o controlo veterinário.
Bem feito. Aprovo!!!
Eu metia os turistas a carregar burros !
Aprovo!!!