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CGD prepara-se para pagar 300 milhões em dividendos ao Estado

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António Cotrim / Lusa

Paulo Macedo, presidente da Comissão Executiva da Caixa Geral de Depósitos

A Caixa Geral de Depósitos (CGD) prepara-se para entregar ao Estado cerca de 300 milhões de euros em dividendos, o que irá ajudar o Governo a compor o Orçamento do Estado do próximo ano.

O banco público vai engordar a remuneração ao acionista em 50%, depois do dividendo de 200 milhões de euros que entregou ao Estado este ano com base nos resultados de 492 milhões de euros obtidos em 2018. Assim, de acordo com o semanário Expresso, em dois anos, a CGD entregará um cheque de 500 milhões ao Estado, que há dois anos injetou 2.500 milhões de euros no banco público.

Este ano, o lucro será ainda maior, segundo escreve o jornal ECO. A CGD aumentou os ganhos para 640 milhões de euros até setembro, um disparo de 70% face ao mesmo período do ano passado, num desempenho justificado em grande parte pelas vendas dos negócios em Espanha e na África do Sul, que renderam 170 milhões de euros.

Em declarações ao Expresso, e questionado sobre se o dividendo poderia superar os 250 milhões de euros, o presidente da CGD, Paulo Macedo, disse que esse era um cenário “plausível”. O presidente sublinhou que ainda não havia uma decisão tomada, lembrando que falta também uma decisão de “não-oposição” da parte dos reguladores para haver luz verde ao dividendo.

A Caixa aprovou uma política de dividendos. A Caixa deverá pagar aos acionistas desde que cumpridos dez requisitos. Há uma diferença agora: dantes tinha de haver uma autorização do BCE, agora é uma não-oposição do BCE, o que reflete a evolução da Caixa”, disse.

“Se nós temos uma política de pagamento até 50%, se o payout for entre 40% e 50%, como dissemos no ano passado, se o valor sobre o qual incide é um resultado consolidado menos o valor das reservas obrigatórias, como alguém disse é só fazer as contas e ver no que dá”, referiu Paulo Macedo. “Se quiser uma resposta curta, não tão longa: é plausível” que o dividendo venha a ser superior a 250 milhões.

Com esta distribuição, Paulo Macedo irá beneficiar as contas do ministro das Finanças Mário Centeno, em fase de elaboração do Orçamento do Estado para o próximo ano.

ZAP //

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