O líder da Iniciativa Liberal (IL), Carlos Guimarães Pinto, anunciou esta quarta-feira que abandona a liderança do partido, considerando que a sua missão está cumprida no “dia histórico” em que a força política se estreou com uma intervenção no parlamento.
“Não me podem pedir que continue a sacrificar a minha vida por uma causa. Foi um ano intenso em que tive que abdicar de muito para fazer este caminho. Fi-lo numa altura em que ninguém o teria feito. Criei as condições para que outros o possam fazer daqui para a frente com recursos que eu nunca tive e, espero eu, menos sacrifícios pessoais. Não me podem exigir mais”, anunciou Guimarães Pinto na rede social Facebook.
De acordo com o presidente demissionário da IL, “o partido começa agora uma nova fase, com um novo rosto e uma estratégia que tem necessariamente de ser repensada face às novas circunstâncias”.
A IL elegeu João Cotrim Figueiredo deputado à Assembleia da República pelo círculo de Lisboa, nas eleições legislativas, em que Guimarães Pinto liderou a lista do partido pelo Porto. A publicação de Guimarães Pinto começa por aludir positivamente à intervenção de Cotrim Figueiredo no debate do programa de Governo hoje no parlamento.
“Hoje pela primeira vez em democracia ouvimos no parlamento a voz de um deputado eleito por um partido liberal. A resposta azeda de António Costa demonstrou o quanto ele temia o momento em que teria uma efetiva oposição ideológica no parlamento. Tenho a certeza de que, com a distância necessária, o dia de hoje será visto como histórico”, escreve.
Carlos Guimarães assumiu a liderança do partido em outubro de 2018, após ser eleito na Convenção realizada no dia 13 de outubro em Montemor-o-Velho, Coimbra. Economista e professor universitário, o agora ex-líder do partido recorda que há um ano “este momento não passava de um sonho”.
“A menos de um ano de eleições muitos acharam impossível que um partido sem dinheiro (que teve que fazer um peditório entre os membros para colocar o primeiro cartaz), sem um rosto mediático, sem uma direção ideológica clara e com um micro-escândalo às costas, conseguisse eleger um deputado nas eleições mais concorridas de sempre. A verdade é que conseguimos e hoje a sua voz foi ouvida bem alto no parlamento. A minha missão no partido ficou hoje cumprida e termina aqui”, lê-se na publicação.
Guimarães Pinto defende que “o desafio da futura liderança da Iniciativa Liberal não é fácil”, passando por “crescer num ambiente em que tantos desejam crescer ou recuperar o tamanho que outrora tiveram”.
“Mas crescer a partir daqui não é um desafio mais difícil do que era há um ano eleger um deputado. Hoje o partido tem ao seu dispor mais recursos, um rosto com exposição mediática e uma marca clara e distintiva na sociedade portuguesa. Se num ano partindo quase do zero, conseguimos construir tudo isto, não há limite ao que pode ser atingido a partir de agora. Eu ficarei para sempre com o orgulho de ter tido um pequeno papel nesta história”, declara.
Carlos Guimarães Pinto alude a uma “reorganização operacional” realizada há um ano, acompanhada de um “necessário acerto ideológico”, para que “a Iniciativa Liberal se tornasse num instrumento de divulgação positiva do liberalismo”.
“Obrigado Carlos” pelo “exemplo de dedicação”
A Iniciativa Liberal agradeceu ao seu presidente demissionário pelo “sacrifício pessoal e profissional” da missão de liderar partido, respeitando a decisão de Carlos Guimarães Pinto deixar o cargo, cujo “exemplo de dedicação” promete seguir.
“Obrigado Carlos” é como começa a posição oficial do partido enviada à agência Lusa, na qual os liberais deixam claro que respeitam a decisão de Carlos Guimarães Pinto. “Será seguindo o seu exemplo de dedicação que a Iniciativa Liberal continuará a lutar pelos valores que defende”, pode ler-se.
A nova fase do Iniciativa Liberal, segundo a mesma posição oficial, vai começar a ser decidida na reunião do Conselho Nacional que já estava agendada para dia 17 de novembro, em Espinho.
De acordo com os estatutos da Iniciativa Liberal é ao Conselho Nacional que cumpre convocar extraordinariamente a Convenção Nacional, “o órgão máximo do partido”, ao qual compete a eleição do “Conselho Nacional, a Comissão Executiva, o Conselho de Jurisdição e o Conselho de Fiscalização, por voto secreto“.
“No dia 6 de outubro a Iniciativa Liberal alcançou um novo patamar, que muitos não acreditaram ser possível, tendo agora a responsabilidade de também no parlamento, pela voz do João Cotrim Figueiredo, defender mais liberdade, afirmada no Compromisso Eleitoral apresentado”, refere a mesma posição.
A principal cara do Iniciativa Liberal passa então a ser João Cotrim Figueiredo, deputado eleito nestas legislativas por Lisboa.
ZAP // Lusa
Os Neoliberais mostram a sua raça – rafeiro. “Ai e tal, esta merd@ da política já me está a dar muita chatice… Um ano dedicado a uma causa ou um conjunto de princípios já é demias” – e assim vai a fibra dos políticos de uma ideologia cujo princípio básico é afinal, o individualismo egoista.
O amigo uma vez mais não percebeu. Há quem viva da política e quem viva para a política. Estamos habituados a que quem nos rouba se imortalize nessa tarefa. Até porque geralmente nada fizeram antes na vida e nada sabem realmente fazer. Dizia o Belmiro há uns valentes anos atrás que o Marques Mendes nem para porteiro da SONAE serviria. E a nossa política anda um pouco assim. Rafeirada, como o amigo diz, que não tem onde cair morta.
Este homem não está preso à política. Fez o que tinha a fazer e agora vai continuar a sua vida profissional. Não vai viver disto como todos os outros. E é isso que choca os portugueses. Então agora o gajo vai embora?… é preciso lata… dizem os diminuídos por décadas de parasitismo político que lhes moldou a única forma que concebem de estar na política: ad eternum!
Típico… como não arranjou tacho, desiste!…
Se Portugal tiver que contar com esta gente, estamos bem servidos…
É tipo aquele palerma inglês que ajudou a criar o Brexit e, mal percebeu o trabalho que aquilo iria dar, “fugiu”!…
Além disso, gostava de ouvir a opinião dele sobre o “liberalismo” da banca que tem corrido tão bem, ou da EDP que nos vende das electricidades mais caras da Europa!…
errado Miguel Queiroz. é exatamente pelas razoes contrarias. assumem aquilo em que acreditam, a força da iniciativa liberal e representam os eleitores e a idelologia até onde é profícuo e eficiente, deixando caminho para outros tomarem as devidas responsabilidades em vez de viverem no carreirismo politico, oportunismo governamental, e despesismo publico como é habitual no ps, psd, cds, be e cdu. É pena que em Portugal a incompetência e estupidez sem limites vençam sempre. são muitos, uma maioria dizem.
Excato, “assumem aquilo em que acreditam” – por isso, à mínima dificuldade, desistem!…
Realmente, faz todo o sentido!!!
Um partido diferente e essencial para abanar com a porcaria que tem tomado o poder nos últimos anos. É deste tipo de partidos, descomprometidos com a roubalheira e a incompetência, que o país precisa, como de pão para a boca. Intervenientes de linguagem direta, sem o politicamente correto, que chamam os bois pelos nomes. Só assim se poderá ir diminuindo a camarilha larápia que assola o nosso país e que anda a comer à fartazana, nas barbas do povo.
O IL é composto por centristas globalistas que nao sabem sequer o que é liberalismo
Mais um partido parasita que pretende viver a parasitar os tugas, nada de novo na política tuga.