Os milhares de bombeiros voluntários que integraram as equipas do dispositivo de combate a incêndios florestais estão a receber, desde segunda-feira, as comparticipações financeiras de setembro.
O presidente da Liga dos Bombeiros Portugueses (LBP), Jaime Marta Soares, afirmou que as comparticipações financeiras de setembro foram pagas aos bombeiros voluntários entre segunda-feira e hoje, quase um mês depois.
Os bombeiros voluntários que integram o Dispositivo Especial de Combate a Incêndios Rurais recebem da Proteção Civil a comparticipação financeira de 50 euros por 24 horas.
Marta Soares adiantou que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC) ainda não pagou as dívidas todas às associações humanitárias de bombeiros, continuando por saldar as despesas extraordinárias desde julho deste ano e algumas de 2018.
Segundo o presidente da LBP, o que está por pagar são as despesas extraordinárias feitas durante o combate aos fogos, como alimentação, combustível e reparação de viaturas.
Há uns dias, o deputado do PSD, Duarte Marques, que costuma tratar dos assuntos da Proteção Civil, apelou ao Presidente da República para não dar posse ao ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, enquanto o Estado não pagasse aos bombeiros.
Numa resposta enviada ao PSD, o Ministério da Administração Interna (MAI) refere que a ANEPC “não tem valores em dívida relativos ao período crítico de incêndios” do ano passado para com os corpos de bombeiros, estando por pagar quase 34 mil euros referentes a despesas extraordinárias de 2018. O MAI prevê pagar este valor “a breve trecho”.
Na resposta enviada ao grupo parlamentar social-democrata, o MAI indica ainda que a ANEPC tem também por regularizar às associações humanitárias o montante de cerca de 433 mil euros, cujo reembolso “está dependente da realização efetiva da despesa e respetivo comprovativo”, nomeadamente mediante envio de fatura.
ZAP // Lusa