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Busca pelo avião de Amelia Earhart só encontrou chapéus, detritos de um naufrágio e uma lata de refrigerante

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A lendária aviadora Amelia Earhart junto ao seu Lockheed Electra, 6 de junho 1937

A mais recente busca pelos restos do avião de Amelia Earhart, a famosa aviadora americana que desapareceu sobre o Pacífico em 1937, terminou sem resultados.

De acordo com o jornal norte-americano The New York Times, a investigação realizada por uma equipa liderada por Robert Ballard, que descobriu os restos do Titanic, não encontrou evidências da aeronave de Earhart.

Ballard e a sua equipa realizaram buscas de duas semanas numa ilha remota no Pacífico Sul, Nikumaroro, em agosto, utilizando o navio de investigação Nautilus, submarinos e drones.

No fundo do mar, foram descobertos dois chapéus, detritos de um antigo naufrágio e uma lata de refrigerante. Contudo, não se encontrou nenhuma peça do Lockheed Electra de Earhart. Ballard referiu que acredita que eventualmente encontrará algo. “Este avião existe”, disse Ballard. “Não é o monstro de Loch Ness e será encontrado”.

Robert Ballard não desiste – para encontrar o Titanic foram precisas quatro expedições, chegando mesmo a estar muito perto sem o ver.

O canal National Geographic, que patrocinou a expedição, emitirá no domingo um documentário sobre a busca.

Doze anos depois de as mulheres terem conquistado o direito a votar, em 1932 Earhart tornou-se a primeira mulher a atravessar o Oceano Atlântico. Cinco anos mais tarde, teria sido a primeira mulher a voar à volta do mundo — se tivesse terminado o seu voo.

O Lockheed Electra que pilotava nessa aventura terá ficado sem combustível e caído no oceano Pacífico a 2 de julho de 1937.

O desaparecimento de Earhart e do navegador Fred Noonan que a acompanhava na viagem continua a ser um dos grandes mistérios do século XX. Há imensas teorias em torno deste evento, que vão desde problemas de comunicações entre o avião e o navio que o apoiava, falta de preparação dos tripulantes, aterragem noutro local, missões de espionagem e prisão.

A descoberta de um conjunto de ossos humanos na ilha de Nikumaroro, em pleno Oceano Pacífico, que correspondia à morfologia de uma mulher com características semelhantes às de Earhart, fez com que os cientistas concentrassem os esforços de investigação naquele local. Foi ali que descobriram utensílios que podem ter pertencido à aviadora.

Há quem acredite que Earhart possa ter vivido secreta e calmamente em Nova Jersey, nos Estados Unidos, ou nas Filipinas.

Recentemente, uma fotografia revelada no documentário “Amelia Earhart: The Lost Evidence” fez tremer as teorias sobre o fim da viagem de Earhart, cujo óbito só foi declarado em 1939. A foto terá sido tirada num cais em Jaluit, nas Ilhas Marshall. Shawn Henry, ex-diretor assistente do FBI, acredita que a fotografia foi tirada por um espião norte-americano que estava a observar as movimentações das forças armadas nipónicas no Pacífico.

ZAP //

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