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As legislativas não se ganham nas sondagens, alerta Costa

António José / Lusa

O primeiro-ministro, António Costa

Após ter sido divulgada mais uma sondagem este sábado, António Costa afirmou que as eleições não se ganham nas sondagens e apelou para a mobilização de modo a garantir a vitória.

O secretário-geral do PS, António Costa, afirmou este sábado que as eleições não se ganham nas sondagens, mas nas urnas, e apelou para a mobilização de modo a garantir a vitória nas legislativas do dia 6 de outubro.

“Toda a gente discute nas televisões as boas sondagens que apontam para uma vitória do Partido Socialista e nós batemo-nos por ter uma grande vitória no próximo dia 6 de outubro. Mas há uma coisa que nenhum de nós se pode esquecer, nunca. As eleições não se ganham nas sondagens ganham-se nas urnas. As eleições não se ganham por antecipação, as eleições ganham se no dia 06 de outubro”, alertou Costa.

O secretário-geral do PS, que discursava num almoço-comício em Castelo Branco, apelou para a mobilização de todos nas próximas três semanas.

“Temos todos que nos manter mobilizados e a mobilizar os nossos amigos, os nossos colegas e os nossos familiares, porque aquilo que temos que garantir não são vitórias nas sondagens, são vitórias nas eleições e é por isso que nos estamos a bater”, sustentou.

António Costa sublinhou que o PS cumpriu com o que prometeu e adiantou que quer e pode fazer ainda mais e melhor.

“E, para podermos fazer mais e melhor, precisamos que deem mais força ao partido socialista, porque é o partido socialista o garante da continuidade responsável das boas práticas que ao longo destes quatro anos deram bons resultados. E aqueles que há quatro anos duvidaram que fosse possível hoje podemos dizer sim, foi possível”, afirmou.

O secretário-geral do PS voltou a reforçar e a insistir que, nos próximos quatro anos, será possível “fazer ainda mais e melhor”. Mas, para isso, pediu que deem a “força suficiente e necessária” para o PS fazer mais e melhor.

Ligação ferroviária para Espanha é fundamental

O atual primeiro-ministro afirmou ainda que o investimento na ferrovia na ligação a Espanha é fundamental, para o interior deixar de ser as traseiras do litoral e passar a ser a porta para o mercado ibérico.

“Nós dissemos que o interior tinha de deixar de ser visto como um problema para o país e que tinha que passar a ser visto como uma oportunidade para o país e que isso passava por duas coisas: em primeiro lugar, por valorizar os recursos próprios destas regiões e, por outro lado, por reforçar a ligação com Espanha, para que o interior deixe de ser as traseiras do litoral e passe a ser nossa porta avançada para crescermos no conjunto do mercado ibérico, para os 60 milhões de pessoas que vivem na Península Ibérica”, disse.

“E por isso, quando nós escolhemos onde devíamos dar prioridade ao investimento, uma das prioridades que definimos na ferrovia foi a ligação a Espanha através da linha da Beira Alta e da linha da Beira Baixa”, sustentou.

Costa afirmou que essas obras deixaram de ser daquelas que só aparecem nos discursos: “São obras que estão hoje a andar, estão no terreno e vão ser acabadas a tempo e horas para termos uma melhor ligação a Espanha”.

O secretário-geral do PS explicou também que foi também por isso que no Plano nacional de Infraestruturas o Governo inscreveu outra obra fundamental, uma rodovia de ligação a Espanha.

“Inscrevemos uma obra fundamental para ligar a A23 a Espanha que é o IC 31 e essa vai ser também uma outra realidade, porque é tão importante ligar o interior ao litoral, como mais importante ainda é ligar o interior a Espanha”, sustentou.

Contudo, sublinhou que não basta ter serviços e infraestruturas e defendeu que as empresas são fundamentais para a criação de postos de trabalho para revitalizar todo o interior do país.

“É o emprego que permite fixar quem cá vive e atrair quem pode vir para cá viver. E foi por isso que ao contrário de outros que querem reduzir impostos para todas as empresas sejam elas quais forem e estejam onde estiverem, nós entendemos que o que era necessário, era concentrar o esforço do beneficio fiscal nas empresas que se instalem no interior para aqui criarem postos de trabalho, fixarem população e que atraiam novos residentes”, concluiu.

ZAP // Lusa

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