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Sérvia 2-4 Portugal | Quatro golos rumo ao segundo lugar

Jean-Christophe Bott / EPA

Portugal arrancou na Sérvia uma importante vitória por 4-2, em jogo do Grupo B de qualificação para o EURO 2020 — o terceiro da formação das “quinas” —, que coloca a Seleção Nacional no segundo posto.

Após uma primeira parte com menor emoção, em que os campeões da Europa conseguiram apenas um golo, a segunda trouxe mais cinco tentos, com os comandados de Fernando Santos a responderem com competência aos dois golos sérvios, que pareciam fazer perigar o triunfo lusitano. No final, Portugal registou quatro golos, tantos quanto os remates enquadrados que fez na partida. Eficácia total.

O jogo explicado em números

  • Muito mais Portugal no primeiro quarto-de-hora da partida, com os campeões europeus a registarem 76% de posse de bola e três remates contra apenas um dos sérvios, embora apenas a formação da casa tenha enquadrado a sua tentativa.
  • Aos poucos a Sérvia equilibrou as operações, chegando à primeira meia-hora com 42% de posse e uma melhoria notória no passe (era de 68% de eficácia aos 15 minutos, passou a 80%). Contudo, só Portugal voltou a rematar, mais duas vezes, mas também sem a melhor direcção. As defesas estavam consistentes e não deixavam espaços de manobra.
  • Nesta fase, o jogador mais em foco era Gonçalo Guedes. Encostado à esquerda, o extremo do Valência registava um rating de 5.9, fruto, sobretudo, de três passes para finalização e uma ocasião flagrante criada, desperdiçada por Cristiano Ronaldo.
  • Até que, aos 42 minutos, o maior domínio luso deu frutos com um golo, apesar de este ter surgido numa altura em que os sérvios começavam a atacar com mais frequência. Cruzamento da direita, o guarda-redes Marko Dmitrovic socou a bola contra William Carvalho e esta ficou à mercê do médio luso, que emendou no meio de um punhado de adversários. Um tento ao sétimo remate de Portugal, primeiro enquadrado.
  • Vantagem lusa na primeira parte, fruto de um tento ao cair do pano por intermédio de William Carvalho. Portugal esteve sempre por cima no jogo, mas atento a alguns períodos sérvios em que a selecção da casa conseguia lançar rápidos contra-ataques. Contudo, os campeões da Europa foram mais rematadores e afoitos, tendo facturado no único disparo enquadrado que realizaram até ao intervalo. William era, nesta altura, o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 6.0. Para além do golo, o médio completou 28 dos 30 passes que fez.
  • O jogo recomeçou na mesma toada, com Portugal a mandar na partida, e o 2-0 acabou por surgir aos 58 minutos. Gonçalo Guedes recebeu de Bruno Fernandes descaído para a esquerda, passou vários adversários e rematou forte e cruzado na grande área para o fundo das redes. Mais uma vez ao primeiro remate enquadrado numa das partes, a selecção lusa marcou, ao terceiro disparo.
  • Tudo corria bem a Portugal à passagem da hora de jogo. Os comandados de Fernando Santos registavam 58% de posse de bola, 87% de eficácia de passe e limitavam sobremaneira o ataque da Sérvia a fogachos sem grande perigo, ao ponto de registarem somente um remate (desenquadrado) e uma acção com bola na área portuguesa.
  • Contudo, num lance de bola parada aos 68 minutos, os sérvios reduziram, por intermédio do defesa-central Nikola Milenkovic, num belo remate de cabeça na sequência de um livre de Dusan Tadic, ao segundo remate da equipa no segundo tempo, primeiro com boa direcção. Um tento que acordou a equipa da casa e os seus adeptos.
  • O balanceamento ofensivo sérvio acabou por ter um preço e, aos 80 minutos, Portugal ampliou para 3-1. Bernardo Silva isolou Cristiano Ronaldo e o capitão desviou a bola do guardião contrário. Ao quarto remate na etapa complementar, segundo enquadrado, a turma lusa marcou, num total de 11 disparos. Ronaldo facturou ao primeiro disparo com boa direcção, em seis tentativas.
  • O jogo estava partido e a Sérvia voltou a reduzir, aos 85 minutos, por Aleksandar Mitrovic, após mais uma assistência de Tadic. Mas Portugal não se deixou afectar e fez o 4-2 aos 86 minutos, por Bernardo Silva, num belo remate na grande área.
  • O quarto tento luso foi um golpe duro para os sérvios, que nunca mais tiveram a energia e a crença necessárias para tentarem pelo menos chegar ao empate. Assim, Portugal controlou até final, terminando com superioridade estatística nos principais momentos de jogo.

O melhor em campo GoalPoint

Excelente jogo de Portugal, com diversos jogadores a destacarem-se pela positiva. Mas no fim, Bernardo Silva acaba por ser o nosso destaque, com um GoalPoint Rating de 7.3. O jogador do Manchester City fez um jogo em crescendo, terminando a partida com um acumulado estatístico que aponta para uma exibição de grande nível. Para além do golo que marcou, Bernardo fez uma assistência em dois passes para finalização, falhou apenas dois de 58 passes e ainda ajudou nos processos defensivos, com três desarmes, duas intercepções e seis recuperações de posse.

Jogadores em foco

  • Gonçalo Guedes 7.2 – Encostado à esquerda ou no centro do ataque, Guedes esteve sempre muito activo e com qualidade. O extremo do Valência marcou um (excelente) golo em dois remates, criou uma ocasião flagrante em cinco passes para finalização e completou duas das cinco tentativas de drible. Era o melhor em campo quando saiu aos 70 minutos, para a entrada de João Félix.
  • Cristiano Ronaldo 6.6 – O capitão era o pior jogador de Portugal ao intervalo, com um registo de uma ocasião flagrante desperdiçada. Porém, na segunda parte melhorou o seu jogo e terminou com bons números, entre eles um golo, sete remates (máximo do jogo), um passe para finalização e sucesso nas três tentativas de drible (duas no último terço).
  • William Carvalho 6.1 – O médio do Bétis abriu o activo numa fase importante da partida, em cima do intervalo, no único remate que fez. Para além disso, completou 60 dos 65 passes que fez e completou as duas tentativas de drible.
  • Raphäel Guerreiro 6.0 – O lateral-esquerdo esteve muito activo a subir no terreno, registando uma assistência no único passe para finalização que fez. Completou ainda as duas tentativas de drible e fez sete recuperações de posse.
  • Rui Patrício 5.8 – Se o guardião sérvio encaixou quatro golos sem registar qualquer defesa, já o guardião de Portugal mostrou serviço. No total, Patrício fez quatro defesas, embora só uma a remate na sua grande área.
  • Dusan Tadic 6.1 – O avançado do Ajax foi o melhor da Sérvia. Ao todo fez quatro passes para finalização, dois deles assistências para os tentos da sua selecção. E ainda tentou cinco vezes o cruzamento, embora sem eficácia.

Resumo

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