Depois de levar a cabo uma série de análises de ADN, uma equipa internacional de cientistas concluiu que o famoso monstro do Lago Ness, na Escócia, pode ser, na verdade, uma enguia gigante.
A equipa, composta por cientistas do Reino Unido, Estados Unidos, Austrália e França, catalogou as espécies vivas no lago escocês e extraiu amostras de ADN da água.
Ao analisar as amostras recolhidas, noticia a emissora britânica BBC, os especialistas descartaram a possibilidade de existir no lago alguma espécie de grandes dimensões que possa ser confundida com o monstro que várias pessoas relataram já ter avistado.
A nova investigação não encontrou evidências, por exemplo, de répteis marinhos pré-históricos – que tinham cerca de 4,5 metros de comprimento – ou peixes enormes como o esturjão (que chega a atingir os 8 metros). Estas são algumas da teorias apontadas para justificar a existência do animal. A equipa descartou também que o animal pudesse ser algum tubarão oriundo da Gronelândia, tal como já foi apontado.
Contudo, a equipa encontrou amostras de ADN de enguias europeias, que chegam às águas dos rios e lagos britânicos depois de migrarem mais de 5 mil quilómetros. Estes espécimes são oriundos do Mar dos Sargaços, perto das Bahamas.
“As enguias são muito comuns em lagos. Todos os locais que visitámos para recolha de amostragem tinham, no entanto, uma quantidade de enguias que surpreendeu”, afirmou Neil Gemmell, geneticista da Universidade de Otago, na Nova Zelândia.
“Não podemos excluir a possibilidade de que há uma enguia gigante no Lago Ness, mas não sabemos se estas amostras que recolhemos são de um monstro gigante ou de um animal normal”, acrescentou.
O cientista frisou ainda que o objetivo da pesquisa não era desvendar o mistério do monstro do Lago Ness, mas antes melhorar o conhecimento sobre os animais e plantas que vivem no lago. “As pessoas adoram um mistério. Recorremos à Ciênciapara acrescentar mais um capítulo à mística do Lago Ness”, rematou.
A história do monstro do Lago Ness
Tal como recorda a BBC, o monstro do Lago Ness é uma das lendas mais antigas e persistentes da Escócia, tendo inspirado filmes, livros, programas de televisão. Esta figura sustenta também o turismo local.
De acordo com a lenda, o monstro terá sido avistado pela primeira vez há 1,5 mil anos pelo missionário irlandês São Columba no ano 565 d.C. Muito depois, em 1933, o jornal Inverness Courier reportou que uma mulher, Aldie Mackay, disse avistado o que seria o monstro do lago, parecido com uma baleia, enquanto as águas “se agitavam”.
À época, Evan Barron, editor do jornal, sugeriu que a besta fosse descrita como um “monstro”, dando início ao mito moderno do Monstro do Lago Ness.
No ano seguinte, um respeitado cirurgião britânico, o coronel Robert Wilson, afirmou ter fotografado o monstro enquanto conduzia pela costa norte do lago. Conhecida como a “fotografia do cirurgião”, a imagem foi publicada pelo jornal The Daily Mail, despertando curiosidade em todo o mundo. Com a fotografia, começou a especular-se que o monstro da fotografia poderia ser um plesiossauro, animal extinto há 65,5 milhões de anos.
Contudo, 60 ano mais tarde, descobriu-se que o “monstro” retratado na fotografia era, na verdade, um submarino brinquedo. Apesar das inúmeras investigações sobre o monstro, o animal continua a ser um dos maiores mistérios da Escócia.
ZAP // BBC
……fazendo fe na teoria de que a visão no lago não foi mais que o resultado de uma soberba piela,……….parece que a dita mantém-se de pedra e cal…..