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António Capucho de regresso ao PSD para “reerguer imagem” do partido

Miguel A. Lopes / Lusa

António Capucho intervém na convenção Nacional do Partido Socialista

António Capucho regressou ao PSD, anunciaram esta segunda-feira os sociais-democratas, depois de o antigo vice-presidente do partido ter estado envolvido num processo de expulsão por ter apoiado uma candidatura independente em Sintra nas autárquicas de 2013.

António Capucho, militante histórico do PSD, vai regressar ao partido que ajudou a fundar em 1974, tendo a sua nova ficha de militante dado entrada na sede do PSD”, anunciou o partido num comunicado.

O antigo vice-presidente tinha anunciado a sua intenção de voltar ao PSD após a eleição de Rui Rio na presidência dos sociais-democratas mas, em abril do ano passado, o Conselho de Jurisdição indeferiu o seu pedido para anular uma decisão anterior, que lhe permitiria manter o número de militante e evitar nova inscrição, como pretendia, com Capucho a não concretizar então o reingresso nas fileiras do partido.

“Iniciei o processo para uma eventual readmissão no partido, que é um processo burocrático, que decorre os seus trâmites, porque achei que era minha obrigação estrita, como amigo de Rui Rio e como apoiante da linha que ele defende dentro do PSD”, disse à agência Lusa o antigo vice-presidente daquele partido.

António Capucho considerou “absolutamente necessário” dar este “sinal público” de “apoio e de disponibilidade”, uma vez que todos os simpatizantes e militantes do PSD devem cerrar fileiras “à volta de uma campanha muito difícil e de uma candidatura muito complexa, tendo em conta os outros protagonistas e os adversários políticos, principalmente o Partido Socialista”.

“Estou disponível para o que ele [Rui Rio] entender útil durante esta campanha eleitoral, dentro das minhas limitações próprias, mas estou disponível, sem qualquer outro interesse, que não seja ajudar a reerguer o partido junto dos eleitores”, sublinhou.

António Capucho disse ainda que já expressou ao presidente do PSD a sua “disponibilidade, sem qualquer outro interesse”, de ajudar “em melhorar, reafirmar e reerguer a imagem do partido junto dos eleitores”.

De acordo com os estatutos do PSD, “cessa a inscrição no partido dos militantes que se apresentem em qualquer ato eleitoral nacional, regional ou local na qualidade de candidatos, mandatários ou apoiantes de candidatura adversária da candidatura apresentada pelo PPD/PSD”.

António Capucho disse à Lusa que esta questão “já está ultrapassada”, afirmando que “em princípio” vai ficar com o mesmo número de militante.

“Não há qualquer problema administrativo em me atribuíram o mesmo número de militante que recebi em 1974”. O antigo vice-presidente e secretário-geral do partido era o militante número 326.

O PSD sublinha o “vasto currículo” de Capucho, que “começou por ser secretário-geral adjunto com Sá Carneiro, foi, depois, deputado à Assembleia da República, eurodeputado, vice-Presidente do Parlamento Europeu, secretário-geral do PSD, Vice-presidente da Comissão Política Nacional e também líder da bancada parlamentar social-democrata”.

António Capucho foi secretário de Estado adjunto do primeiro-ministro, ministro da Qualidade de Vida e ministro dos Assuntos Parlamentares, foi membro do Conselho de Estado e presidente da Câmara Municipal de Cascais.

// Lusa

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