O Pornhub, que é o maior site de pornografia do mundo, lançou uma campanha para ajudar a combater o plástico presente nas praias e oceanos.
Sob o título “O porno mais sujo de sempre”, o portal lançou um filme para adultos numa das praias mais poluídas do mundo, garantindo que fará um donativo a uma organização que se dedique a combater o plástico nos oceanos por cada visualização completa que o filme obtiver.
“A poluição dos oceanos tornou-se no maior problema global da nossa vida e está a piorar. É por isso que é imperativo usar a nossa plataforma para aumentar a consciencialização e inspirar mudanças — não apenas por agora, mas também pelas gerações vindouras”, afirmou o vice-presidente do site, Corey Price, citado em comunicado.
“Até hoje, podem ser encontradas 12,7 milhões de toneladas de plásticos nas profundezas dos nossos oceanos. O que talvez seja ainda mais chocante é que os cientistas preveem que haja mais plástico que peixes nos nossos oceanos dentro de 30 anos”, recorda. “Aqui, no Pornhub, somos sujos, mas isso não significa que nossas praias também o devam ser”, acrescentou o mesmo responsável.
A campanha é fruto de uma parceria entre a Pornhub Cares, a divisão filantrópica do site, e a Ocean Polymers, uma organização sem fins lucrativos que diz ter criado um “sistema único” – baseado na avançada tecnologia de plasma – que diz ser uma “cura definitiva” para problemas de remoção de plástico.
Tal como recorda o P3, esta é mais uma iniciativa do site para proteger o ambiente. Anteriormente, o Pornhub tinha já lançado um aplicação para poupar água e projetado a pornografia beesexual para salvar abelhas.
Estudos recentes estimaram que cerca de 8 milhões de toneladas de resíduos plásticos entram no mar todos os anos, somando-se às 150 milhões de toneladas de plástico que já se encontram nos oceanos. Em 2050, e de acordo com os cientistas, é possível que exista mais plástico nos oceanos do que peixes.
O plástico, recorde-se, é um material que pode levar até 450 anos para se degradar e tende a decompor-se em pedaços menores, aumentando a probabilidade de acabar na cadeia alimentar de várias spécies marinhas.
Micro-plásticos e as suas fibras foram também já encontrados em peixes, moluscos, água da torneira, mel, açúcar e sal de mesa, sabendo-se ainda muito pouco sobre o impacto destes contaminantes na saúde.