O serviço da CP melhorou significativamente graças à eletrificação de 16 quilómetros de via férrea entre Caíde e Marco de Canaveses e 43 quilómetros entre Nine e Viana do Castelo.
Entre 1 de julho e 13 de agosto, as supressões dos comboios da CP – Comboios de Portugal diminuíram de 336 para oito na linha do Oeste, de 137 para oito no Algarve e de 29 para nenhuma no Alentejo. Segundo o Público, este é o resultado do investimento feito na eletrificação de 16 quilómetros de linhas férreas entre Caíde e Marco de Canaveses e 43 quilómetros entre Nine e Viana do Castelo.
No mesmo período de 2018, a CP havia suprimido 805 comboios, 710 dos quais em todo o percurso. No entanto, ao fim de um ano e depois das melhorias levadas a cabo pela empresa, foram apenas suprimidos 233 comboios, um valor quase 3,5 vezes mais baixo.
Mas apesar da boa notícia, a CP continua com problemas por resolver, nomeadamente o facto de o maior número de supressões ter acontecido nas linhas regionais e nos suburbanos de Lisboa, que verificaram 171 paragens.
A linha do Douro é uma das mais problemáticas, com comboios sobrelotados, horários que não se cumprem e passagens suprimidas para que as carruagens sejam atreladas ao comboio seguinte, uma estratégia para fazer frente ao aumento da procura durante o verão.
Já no Algarve, a deterioração do serviço deve-se à falta de maquinistas da CP. Segundo a empresa, “estas supressões ficaram a dever-se à indisponibilidade de maquinistas no Depósito de Tração de Faro, devido à conjugação de situações de ausência de trabalhadores, nomeadamente baixa médica e períodos de férias”.
Ao matutino, a empresa garantiu que o problema está já a ser resolvido, uma vez que a CP se prepara para contratar 40 maquinistas para os quadros. Além disso, tenciona recuperar comboios que estão parados para travar a falta de material circulante.