Pela primeira vez em 15 anos, uma equipa de mergulhadores captou imagens do Titanic que mostram o seu avançado estado de deterioração, podendo vir a desaparecer em breve.
De acordo com a BBC, uma equipa internacional de mergulhadores efetuou cinco mergulhos, no início de agosto, para captar imagens do Titanic, que se encontra a 3.800 metros de profundidade no Oceano Atlântico.
Esta foi a primeira vez em quase 15 anos que uma equipa desceu ao fundo do oceano para visitar o famoso navio, que afundou na sua viagem inaugural, em abril de 1912, depois de embater num icebergue.
A equipa da Triton Submarines constatou que o navio está a deteriorar-se rapidamente. Embora algumas partes da embarcação estejam surpreendentemente em boas condições, outras já se encontram em mau estado, destacando-se o lado estibordo dos alojamentos dos oficiais.
O historiador Parks Stephenson, citado pela emissora britânica, afirma que o que viu durante o mergulho foi “chocante”. “A banheira do capitão é uma das imagens favoritas entre os entusiastas do Titanic — e agora desapareceu”.
“A casa do convés daquele lado está a colapsar, levando consigo os quartos principais. E essa deterioração vai continuar a progredir”, explica Stephenson, acrescentando que a próxima estrutura a colapsar pode ser o telhado do compartimento interior.
“O Titanic está a regressar à natureza”, disse ainda o historiador. As fortes correntes oceânicas, a corrosão salina e as bactérias que comem metais estão a contribuir para a rápida degradação do navio.
Os mergulhos foram filmados pela Atlantic Productions para um documentário e contou com cientistas que estão também a estudar as criaturas que vivem nos destroços.
“Há micróbios que estão a corroer o ferro dos destroços do navio, criando estruturas ‘rústicas’, que são uma forma muito mais fraca do metal”, explica Clare Fitzsimmons, da Universidade de Newcastle, no Reino Unido.
Estas estruturas ‘rústicas’ — estalactites de ferrugem penduradas no navio — são tão frágeis que podem desintegrar-se numa nuvem de pó à mínima perturbação. Os cientistas estão agora a estudar como é que os diferentes tipos de metal erodem nas águas profundas do Atlântico, para avaliar quanto tempo o Titanic ainda tem.
O Science Alert recorda que estudos anteriores apontam para o desaparecimento total do Titanic até 2030, podendo ficar nada mais do que uma “mancha de ferrugem no fundo do Atlântico”.
O RMS Titanic está submerso há mais de 100 anos, a cerca de 600 quilómetros da costa de Newfoundland, no Canadá. Dos 2.200 passageiros a bordo, mais de 1.500 morreram. Os mergulhadores prestaram uma homenagem às vítimas, deixando uma coroa de flores.
Não, ele vai ficar intacto para sempre no fundo do oceano para os turistas verem….
Francamente…. há cada um neste mundo!!!!