G7. Merkel e Johnson consideram prematuro regresso da Rússia ao grupo

Clemens Bilan / EPA

O primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, com a chanceler alemã, Angela Merkel

A chanceler alemã, Angela Merkel, e o primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, disseram na quarta-feira em Berlim ser prematuro considerar o regresso da Rússia ao G7, uma ideia que foi avançada pelo Presidente norte-americano, Donald Trump.

Angela Merkel reconheceu alguns “movimentos ténues” na aplicação dos acordos de paz na Ucrânia Oriental, numa conferência de imprensa com o seu homólogo britânico Boris Johnson, noticiou a agência Lusa. “Se houvesse progressos com certeza que teríamos uma situação nova”, acrescentou, referindo que “não foi possível avançar mais”.

Boris Johnson, que efetuou à Alemanha a sua primeira deslocação ao estrangeiro desde que assumiu a chefia do Governo britânico, no passado dia 26 de julho, concordou com as palavras da chanceler alemã.

“Penso da mesma maneira que a chanceler, que a situação que permitirá o regresso da Rússia ainda está por concretizar”, vincou.

O primeiro-ministro britânico destacou as “provocações” da Rússia não somente na Ucrânia, mas em múltiplas outras ocasiões, citando “o uso de armas químicas em solo britânico”, em Salisbury, quando um ex-agente duplo russo e a sua filha caíram em coma após terem entrado em contacto com o agente neurotóxico Novitchok, em março de 2018.

A Rússia negou sempre a sua implicação no caso.

O Presidente francês Emmanuel Macron, por seu lado, considerou também na quarta-feira, em Paris, ser “pertinente que a prazo a Rússia possa regressar ao G8”, de que foi excluída em 2014 na sequência da invasão da província ucraniana da Crimeia.

A questão será abordada na cimeira que o G7 realiza este fim de semana em Biarritz, sudoeste de França, em que participam os líderes dos membros: Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino Unido.

TP, ZAP //

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