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FC Porto 4-0 V.Setúbal | Hat-trick e goleada contra a crise

O FC Porto amealhou os seus primeiros pontos no campeonato, ao golear o Vitória de Setúbal por 4-0.

Após uma semana difícil em que a palavra “crise” foi diversas vezes utilizada para referir a situação dos “dragões”, os homens de Sérgio Conceição deram uma resposta categórica e deixaram algumas boas indicações a uma semana da visita à Luz, em especial Zé Luís, que alcançou um GoalPoint Rating de 10.0, graças aos três golos apontados.

O jogo explicado em números

  • Pressão sufocante por parte dos “dragões” desde o apito inicial, recompensada com um golo logo aos 11 minutos, de Zé Luís, num remate de fora da área. Momentos antes, o avançado cabo-verdiano já estivera perto de rematar, mas Makaridze acabou por fazer uma defesa por instinto. Os “azuis-e-brancos” fecharam o primeiro quarto-de-hora com 78% de posse de bola, 89% de eficácia de passe e seis remates, dois deles enquadrados e um ao poste.
  • Zé Luís não estava satisfeito com o golo apontado e bisou aos 20 minutos. Tudo começou num livre da esquerda batido por Alex Telles, com Pepe a desviar para o segundo poste, onde o cabo-verdiano mergulhou para o 2-0, apontando o seu terceiro golo pelo FC Porto em todas as competições.
  • Mesmo sem ter tido influência directa em nenhum dos golos, Alex Telles brilhou durante os primeiros 30 minutos do desafio. Dos sete passes para finalização do FC Porto, quatro foram da sua autoria, e realizou ainda dois cruzamentos eficazes, três duelos ganhos em quatro disputados e ainda uma acção defensiva.
  • O passar dos minutos trouxe pouco ao Vitória, que foi uma equipa inconsequente durante grande parte do primeiro tempo. A cinco minutos do intervalo, os sadinos ainda só tinham duas acções com bola na área contrária e continuavam sem um único passe para finalização. Mais: Makaridze liderava a sua equipa tanto em passes (17) como em acções com bola (29).
  • Primeira parte de altíssimo nível do FC Porto, que foi dominante em todas as vertentes.
  • A equipa de Sérgio Conceição criou ocasiões de perigo em grande número, mas acabou por tirar partido da qualidade de finalização de Zé Luís, que marcou por duas vezes com um registo de expected goals (xG) de somente 0,3, com a única situação flagrante a ter pertencido ao Vitória, desperdiçada por Hachadi.
  • O antigo jogador do Spartak Moscovo chegou ao intervalo com nota 9.0 nos GoalPoint Rating, juntando aos dois golos marcados dois dribles eficazes, três duelos aéreos ganhos, duas situações de remate criadas e 100% de eficácia de passe.
  • O FC Porto abrandou o ritmo no reatamento do desafio e não conseguiu enquadrar nenhum dos quatro remates que fez nos primeiros 15 minutos. Destaque para a boa reacção da equipa do Vitória, que até foi mais eficaz a distribuir a bola do que o adversário (89%-85%) e teve 48% de posse.
  • Mas a resposta dos “dragões” não se fez esperar. Aos 63 minutos, Zé Luís fez o “hat-trick” de cabeça, surgindo imponente no meio da área contrária após um canto batido por Alex Telles. Um minuto depois, Luis Díaz fez o 4-0 à boca da baliza a passe de Marega, que rubricava uma assistência ao seu terceiro passe para finalização.
  • Uma dupla defesa de Marchesín, aos 77 minutos, impediu o Vitória de conseguir um golo que parecia certo. Os sadinos já levavam mais remates enquadrados no decorrer da segunda parte do que o adversário (3-2), mas o argentino continuava a ser uma autêntica muralha na baliza portista.
  • Mesmo com pouca influência nas manobras ofensivas da sua equipa, Corona deu nas vistas pela sua enorme entrega. O mexicano, que actuou a lateral-direito, chegou aos 90 minutos com oito desarmes, mais seis do que qualquer outro portista, 26 duelos (15 dos quais ganhos) e ainda 93 acções com bola.

O melhor em campo GoalPoin

Noite de sonho para o recém-chegado Zé Luís, que saltou para o topo da lista dos melhores marcadores, a par de Pizzi, com os três golos apontados este sábado.

O jogador cabo-verdiano, que ainda desperdiçou uma ocasião flagrante, rematou seis vezes ao longo da partida, quatro delas à baliza, e obteve um registo de expected goals (xG) de 0,6, o que torna o seu feito ainda mais notável.

José Coelho / Lusa

Mas nem só de golos se fez a sua exibição: ainda criou duas situações de perigo, venceu os quatro duelos aéreos que disputou e foi eficaz em dois dos três dribles que tentou executar.

Tudo somado, fechou as contas da partida com um nota 10.0 nos GoalPoint Ratings.

Jogadores em foco

  • Alex Telles 7.5 – Liderou a partida em passes para finalização, com cinco, quatro deles nos primeiros 20 minutos, mas ficou-se por apenas uma assistência. Venceu os dois duelos aéreos ofensivos em que esteve envolvido e rematou uma vez ao poste.
  • Marcano 6.6 – Imperial no ar, perdeu apenas dois duelos aéreos em nove. Somou ainda um drible eficaz, quatro acções defensivas e 12 passes progressivos certos, mas a sua nota acabou penalizada pela ocasião flagrante que desperdiçou.
  • Sílvio 6.1 – O experiente defesa foi o melhor jogador dos sadinos. Criou uma ocasião flagrante, venceu os dois duelos aéreos defensivos que disputou e somou 13 acções defensivas.
  • Marchesín 6.1 – Não sofreu nenhum golo mas esteve longe de ter uma noite tranquila, contabilizando cinco defesas, apenas menos uma do que Makaridze.
  • Romário Baró 5.0 – Exibição discreta do jovem português. Falhou sete passes em 32, fez um disparo e não criou nenhuma situação de remate.
  • Hachadi 3.8 – Desperdiçou as duas ocasiões flagrantes de que dispôs. Sofreu ainda três desarmes e venceu apenas um duelo aéreo em seis disputados.

Resumo

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