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Benfica 5-0 P.Ferreira | Asa direita da águia dá goleada

O Benfica estreou-se na Liga NOS 2019/20 com uma goleada. Na recepção ao Paços de Ferreira, os campeões nacionais brindaram os recém-promovidos com um 5-0, graças a uma maior eficácia na primeira parte e a uma superioridade absoluta na segunda – perante uma equipa reduzida a dez jogadores desde os 65 minutos.

Destaque para a ala direita dos “encarnados”, onde Pizzi e Nuno Tavares brilharam intensamente, com golos e assistências, mas também para dois jogadores que saltaram do banco no segundo tempo.

O jogo explicado em números

  • Início morno de partida na Luz, com o Benfica a dominar claramente na posse de bola (77%) no primeiro quarto-de-hora, mas a não ir além de dois remates, ambos desenquadrados – aliás, registo idêntico ao do Paços de Ferreira.
  • A primeira metade da etapa inicial foi algo repartida em termos de lances de ataque. O Benfica ia dominando, mas não conseguia evitar recuperações de bola em zonas adiantadas do ataque por parte do Paços, que ia criando algum perigo. Aos 25 minutos, os visitantes tinham até mais remates (5) que os anfitriões (3). Mas aos 26 surgiu o primeiro tento da partida. E que golo foi.
  • Num lance de insistência, a bola chegou ao jovem Nuno Tavares, o lateral-direito benfiquista, e este, esquerdino, arrancou um pontapé forte e colocado com o pé canhoto de fora da área, sem hipóteses para Ricardo Ribeiro. Os campeões nacionais chegavam ao golo ao primeiro remate enquadrado.
  • Em cima da meia-hora, o árbitro assinalou mão na bola de Bruno dos Santos na grande área e, na conversão da respectiva grande penalidade, Pizzi ampliou o marcador para 2-0. O Benfica colocava-se confortável num jogo que ameaçava tornar-se complicado, chegando a esta fase com 75% de posse de bola, cinco remates (dois enquadrados) e quatro pontapés de canto contra um.
  • O médio benfiquista começava a destacar-se dos demais, com um rating de 6.9, fruto do golo, mas também da assistência para Nuno Tavares e de três passes para finalização, sendo o terceiro jogador com mais acções com bola até ao momento, com 31.
  • Vantagem benfiquista justificada pela eficácia demonstrada. Tanto as “águias” como os “castores” registaram seis remates neste primeiro tempo, mas só os “encarnados” enquadraram remates, precisamente os dos golos.
  • Para além disso, os homens da casa tiveram mais bola (67%) e cantos (5-2), tendo pela frente um Paços atrevido e que esteve muito bem no capítulo do passe – apresentar 82% de eficácia nas entregas em plena Luz não é muito habitual.
  • O melhor em campo ao intervalo era Pizzi, com um GoalPoint Rating de 7.1, com um golo, uma assistência, três passes para finalização e dois dribles completos noutras tantas tentativas.

Miguel A. Lopes / Lusa

  • Bem o Paços a reagir no arranque do segundo tempo, a chegar aos 43% de posse de bola à passagem da hora de jogo e 87% de eficácia de passes desde o intervalo. Contudo, estava a sentir mais dificuldades para rematar, não registando qualquer disparo nesta fase e apenas uma acção com bola na grande área benfiquista.
  • Contudo, aos 65 minutos, Bernardo Martins viu o segundo amarelo e consequente vermelho, deixando os pacenses reduzidos a dez elementos e com dois golos de desvantagem.
  • Bruno Lage tirou Raúl de Tomás aos 65 minutos, lançando Chiquinho, e o português, com somente três acções com bola, cruzou para Haris Seferovic fazer o 3-0 aos 70 minutos. O encontro ficava praticamente definido em termos de vencedor, ainda com muito para se jogar. Adivinhavam-se mais golos.
  • E o 4-0 surgiu aos 74 minutos, pela grande figura da partida, Pizzi, invertendo-se os papéis do 1-0, com Nuno Tavares a assistir o médio. Dois remates, dois golos para o internacional luso, que começava a acumular números relevantes.
  • Noite tranquila para a “águia”, que chegava aos 80 minutos com 55% de posse de bola na segunda parte, 87% de eficácia de passe, sete remates desde o intervalo (três enquadrados, 13-5 no total) e os acontecimentos perfeitamente controlados. Mas ainda havia mais.
  • O recém-entrado Carlos Vinícius fez o 5-0 aos 84 minutos, a encostar ao segundo poste após mais uma assistência de Nuno Tavares. Estava confirmada mais uma goleada, pelos números que a equipa havia conseguido na Supertaça, ante o Sporting.

O melhor em campo GoalPoint

Pizzi tem por hábito começar as temporadas numa rotação muito elevada e voltou a fazê-lo ante o Paços. Após os dois golos que fez ao Sporting, o médio voltou a bisar, terminando a partida de estreia do Benfica na Liga 19/20 como o melhor em campo, com um GoalPoint Rating de 8.6. O português fez dois golos nos únicos remates que realizou, e também uma assistência e criou uma ocasião flagrante em cinco passes para finalização, para além de ter completado duas de três tentativas de drible.

Jogadores em foco

  • Nuno Tavares 8.2 – A estreia do jovem lateral em jogos oficiais na Luz e na Liga dificilmente poderia ter corrido melhor. O 1-0, da sua autoria, foi um golo de levantar o estádio e, até final, somou ainda duas assistências em dois passes para finalização e teve eficácia em metade dos oito cruzamentos que fez (número muito elevado). Defensivamente não precisou de grandes feitos.
  • Carlos Vinícius 6.8 – Um dos destaques do jogo, por ter-se estreado oficialmente pelo Benfica e pelo golo que fez, apesar de ter estado em campo apenas 13 minutos. Tempo suficiente para mostrar grande entrega e registar ainda um passe para finalização.
  • Chiquinho 5.9 – Apenas 25 minutos em campo, entrado no segundo tempo, mas 31 acções com bola, 28 passes certos em 29 tentativas (97% de eficácia) e uma assistência no único passe para finalização que realizou.
  • Rúben Dias 6.5 – Jogo irrepreensível do central, que acertou 95% dos passes que fez (num total de 75), acertou oito de dez passes longos, ganhou os dois duelos aéreos defensivos em que participou e recuperou nove vezes a posse de bola.
  • Haris Seferovic 6.0 – O suíço estava a ter um jogo mau, mas foi a tempo de deixar a sua marca no jogo antes de ser substituído, ao apontar um golo e ao registar um passe para finalização.
  • Mohamed Diaby 5.9 – O possante médio-defensivo, com 1,97m, é uma autêntica muralha e esteve uns furos acima dos seus colegas de equipa, sendo o melhor do Paços. Algo “desengonçado”, a verdade é que o francês terminou com 85% de eficácia de passe (seis passes longos certos em sete), completou duas de quatro tentativas de drible, ganhou os dois duelos aéreos defensivos em que participou, recuperou 11 vezes a bola e somou 13 acções defensivas (oito alívios).

Resumo

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