O monte Asama, perto de Tóquio, entrou em erupção pela primeira vez em quatro anos. Após a propagação de cinzas e fumo, as autoridades alertam para que moradores e turistas não se aproximem da montanha.
A erupção de quarta-feira, por volta das 10 horas locais, expeliu fumo e cinzas a uma altitude de cerca de mil e 800 metros, durante 20 minutos, avança o The Japan Times.
A erupção fez com que o nível de alerta vulcânico subisse de 1 para 3, numa escala de 5. Ainda assim, não foram reportados feridos nem danos materiais desde a manhã de quinta-feira.
A agência de meteorologia japonesa alertou que grandes rochas e fluxos de gás quente podiam afetar num raio de quatro quilómetros da cratera. A agência avisou ainda que as cidades próximas podiam ser atingidas por pequenas rochas e cinzas, conforme os ventos predominantes.
Na quinta-feira o gás ainda estava presente no ar, mas a um nível “normal”, disse um oficial da agência à Agence France-Press, citada pela Raw Story. “Não vemos a atividade (do vulcão) a aumentar”, referiu.
O governo de Nagano — localidade perto do vulcão —, disse que duas trilhas no topo do monte Asama foram fechadas. Também impediram temporariamente que carros entrassem na Rodovia Onioshi, até que o fim do alarme fosse dado.
Numa conferência de imprensa esta quinta-feira, a agência meteorológica japonesa disse que não houve fluxos piroclásticos — que contêm gases quentes e letais —, apenas cinzas a cair até uma distância de 200 metros da cratera.
O monte Asama está localizado numa área popular para turistas, a 140 quilómetros a noroeste da capital japonesa, no interior do país. O Japão faz parte do Anel de Fogo do Pacífico, um arco de linhas de falhas na Bacia do Pacífico com mais de 400 vulcões, dos quais pelo menos 129 continuam ativos.
A região, com grande atividade sísmica e vulcânica, regista cerca de sete mil terramotos por ano – na sua grande maioria moderados.
A última erupção do vulcão de 2 mil e 568 metros foi em junho de 2015.