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O primeiro-ministro espanhol e líder do PSOE, Pedro Sánchez, com o líder do Podemos, Pablo Iglesias
Na semana passada, as negociações entre os socialistas do PSOE com o Unidas Podemos falharam. Agora, o primeiro-ministro Pedro Sánchez “voltou à carga” e propõe a Pablo Iglesias que apoie um governo solitário através de um pacto programático entre ambos – uma espécie de “gerigonça espanhola”.
Segundo noticiou o Observador na quarta-feira, o objetivo é evitar que se chegue a setembro sem governo, o que obrigaria a eleições. Numa carta enviada à militância socialista, citada pelo El País, Pedro Sánchez explicou que a sua ideia é a formação de “um governo à portuguesa”, com todos os partidos de esquerda a apoiar o PSOE. Mas, para já, o “alvo prioritário” é o Unidas Podemos.
Pablo Iglesias já rejeitou a ideia, visto que quer formar uma coligação e insiste em fazer parte do governo, pedindo o retomar das negociações da semana passada. O Unidas Podemos pede cinco ministérios, mas Pedro Sánchez afirma que não abdica de mais do que três ministérios e uma vice-presidência.
Para convencer o Unidas Podemos, Pedro Sánchez vai reunir-se com diferentes grupos da sociedade civil – como associações feministas, ambientais e grupos de terceira idade. As reuniões começam esta quinta-feira e o objetivo é aumentar a pressão sobre Pablo Iglesias e fazer com que estes grupos colaborem na criação de um espaço comum para a formação de um governo.
Do outro lado, o Unidas Podemos afirma que ainda há tempo para negociar um acordo programático e dividir as funções no governo.
