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Rio admite que há tumultos a mais no PSD (e analisa o país “aparentemente” melhor)

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Mário Cruz / Lusa

O presidente do PSD, Rui Rio

O presidente do PSD gostaria que houvesse “menos tumultos” no PSD. Em entrevista à Rádio Renascença, Rui Rio faz ainda uma radiografia ao país, considerando que o país está “aparentemente” melhor na Economia, mas pior no que respeita a serviços públicos.

“Estou na presidência do PSD há um ano e tal e seria hipócrita se não reconhecesse que tem havido tumultos a mais no PSD para aquilo que é o desejo, não só dos militantes do PSD, como dos portugueses como um todo”, afirma, admitindo que “gostaria que dentro do partido houvesse menos tumultos”, disse, citado pela RR.

No fundo, sintetizou, gostaria “que o PSD estivesse melhor”, admitiu.

“Já passou, mas mesmo que não tivesse passado são questões internas que não vou comentar”, disse sobre a demissão do antigo vice-presidente do partido, Manuel Castro de Almeida, que no passado fim-de-semana veio a público.

Sobre as causa que geram estes “tumultos”, o líder social democrata chutou a pergunta para que os gera, garantindo tudo fazer para evitar este tipo de situações. “Isso tem de perguntar a quem faz tumultos. Da minha parte, faço tudo o que está ao meu alcance para os evitar. Sendo que as pessoas quando estão na política têm de se reger por convicções, não pode ser simplesmente por táticas e oportunismo”, respondeu.

“O povo português seguramente quer um PSD forte, capaz de ombrear com o PS nas eleições para haver uma oposição forte e uma alternativa. A pior coisa que há é quando um Governo não tem alternativa e, portanto, faz aquilo que lhe apetece”.

Quanto à análise que faz ao país, Rio reconhece que Portugal está “aparentemente” melhor, mas não o suficiente. “A política económica tem sido uma politica de distribuição, portanto dá a sensação às pessoas de que se está bem, mas não vamos estar bem a médio e longo prazo. Não quer dizer que vai ser um caos, não”.

“Se pensarmos em termos de futuro do país, a economia não está bem. Tem tido taxas de crescimento fracas, mas acima de tudo essas margens orçamentais não têm sido usadas para o futuro do país (…) Aquilo que a economia tem de oferecer aos portugueses é mais emprego e melhores salários. Temos tido mais emprego, é verdade, mas não temos tido melhores empregos”, defendeu Rui Rio.

No entender do líder do PSD, o que pior está em Portugal são mesmo os serviços públicos. “Aquilo que elegeria como mais preocupante é a degradação completa que tem havido nos serviços públicos”, destacando as filas para renovar o Cartão de Cidadão, os atrasos nas pensões, os a falta de oferta nos transportes públicos e a “degradação” no Serviço Nacional de Saúde (SNS).

ZAP //

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